26 janeiro 2009


CHACOTA MUNDIAL
“O mundo mudou e nós temos de mudar com ele”, disse o presidente Barack Obama no dia da sua posse. É verdade, o mundo mudou para melhor. No Brasil e no mundo, a direita reacionária, preconceituosa, raivosa, está em descrédito, desmoralizada. Em 2001, quando o presidente Lula era candidato, eu li absurdos na internet, nos jornais, nas revistas, contra sua eleição. Lembro das entrevistas de figuras políticas, dos analistas, de jornalistas exercitando um verdadeiro terrorismo diário, martelando as cabeças dos leitores e ouvintes. As projeções e análises de um governo do presidente Lula eram as piores possíveis: o desemprego iria aumentar, os juros iriam disparar, a inflação voltaria, empresários ameaçavam deixar o Brasil, o Brasil iria falir, o Brasil iria ser igual ao Haiti.

Ante essa enxurrada de maus agouros, essa lavagem cerebral que faziam nos leitores e nos telespectadores, essa carga de ataques das elites, da oposição raivosa e virulenta, dos poderosos da mídia, cheguei a duvidar se o presidente Lula se elegeria. E o presidente Lula derrotou Serra e se elegeu, contrariando todo o terror disseminado pelos “formadores de opinião”. Em 2005 houve outro massacre da mídia contra o presidente Lula: caixa 2, virou mensalão, três CPIs foram instaladas, teve até CPI do Fim do Mundo. Foi um horror diuturno nos rádios, jornais, revistas, na televisão: ameaças, especulações, baixarias, mentiras, achismos. A direita reacionária já comemorava o grande feito, diziam que o governo Lula havia terminado, que o PT seria varrido do cenário político do país.

Dondocas despirocadas organizavam passeatas, queriam reeditar a "Marcha com Deus" que ajudou a derrubar o governo Jango, estavam saudosas da ditadura militar que envergonhou o Brasil. A elite se uniu à FIESP, a artistas decadentes, formaram o "Cansei" – a união demoníaca não durou um mês. A idéia dos abestalhados era fazer o presidente Lula sangrar, era desgastar ao máximo o governo Lula para eles voltarem ao poder em 2006. Davam como certa essa vitória já em 2005, no auge do terrorismo que eles criaram. Mas o presidente Lula não esmoreceu, continuou a promover ações que beneficiavam o povo brasileiro e o país. Contrariando os tais analistas políticos, a mídia, os jornalistas abestalhados tidos como “formadores de opinião”, o presidente se reelegeu em uma segunda votação histórica. As últimas pesquisas de opinião indicam uma popularidade recorde para um presidente: 84% de ótimo e bom. De novo, a mídia sifu.

Mas essa onda do bem não é privilégio do Brasil: na Venezuela é a mesma coisa, como na Bolívia, no Paraguai, no Equador, Chile, Argentina, Uruguai. Antes do referendo na Bolívia, li os pseudos analistas, os “formadores de opinião”, dizerem que, se ocorresse, a vitória do Evo Morales seria apertada; hoje, 26/1/09, a mídia informa que o referendo foi apoiado por mais de 60% do povo boliviano. Cadê a vitória apertada cantada pela direita abestalhada?

Dizem os reaças "que o povo é burro, ignorante, por isso elege esses tipos aqui, que a AL pertence ao terceiro mundo, cheio de analfabetos". Em 2008 há a eleição nos EUA e um candidato negro, o senador Barack Obama, se apresenta com idéias e ideais contrários aos do presidente Bush, contrários aos do seu opositor, senador McCain. Houve um verdadeiro massacre ao candidato Barack Obama por parte da oposição, dos tais analistas, dos ditos “formadores de opinião”. Li coisas na internet, e nos jornalões, a respeito do presidente Barack Obama, que fariam o Osama Bin Laden se sentir um santo.

Quando apareceu a vice do McCain, a Barbie reacionária do Alaska, Sarah Palin, defensora das armas e da morte de animais, defensora de acabar com santuários ecológicos, defensora da guerra contra o Iraque, defensora da tortura, a direita burra abestalhada foi ao delírio. Diziam: "agora sim, agora o Barack Obama está aniquilado, agora McCain e Palin já ganharam, os EUA não é a América Latrina". Foi isso mesmo que vocês leram, eles chamam a AL de latrina. "O povo americano é culto, tem estudo, é temente a Deus, não é burro como povo da AL." Pois o presidente Barack Obama se elegeu primeiro presidente negro dos EUA em uma votação histórica, aclamado, ovacionado pelo povo americano e do mundo todo. E agora, o que a direita burra vai falar dos norteamericanos?

A direita reacionária, preconceituosa, racista, abestalhada, está até agora mais perdida que cachorro que caiu do caminhão de mudanças. Não entederam que o mundo mudou, mudou para melhor, que não acreditam mais nas mentiras deles, nas suas invencionices e ilações, nas políticas fracassadas que culminaram na crise financeira mundial. A mídia safada e a direita burra abestalhada já são chacota mundial e estão caminhando juntas para o esquecimento.
Jussara Seixas