SERRA E ALCKMIN CAUSARAM O AUMENTO DA INFLÇÃO EM SP.
09/01/2006 - 14h21
ICV termina 2005 com segunda menor alta da sua série histórica
SÃO PAULO - O Índice do Custo de Vida (ICV) no município de São Paulo fechou 2005 com uma alta de 4,54%, inferior ao avanço de 7,7% apurado no exercício anterior. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico (Dieese), responsável pelas informações, o resultado do ano passado é a menor elevação dos últimos sete anos e a segunda menor de toda a história do indicador, iniciada em 1959, superior apenas à taxa vista em 1998 (0,49%).
Dos grupos analisados, Transportes registrou o maior aumento, de 9,62%. Os produtos e serviços que mais subiram nesse item foram ônibus urbano (17,65%) e bilhete de metrô múltiplo de 10 (17,65%).
Educação e Leitura, aparece em seqüência, com alta de 8,28%; seguido por Despesas Diversas, com 7,63%; e Saúde, com elevação de 6,37%. Também mostrou variação positiva Alimentação (3,14%), Habitação (2,52%), Equipamento Doméstico (1,04%), Despesas Pessoais (0,92%) e Recreação (0,89%). Vestuário foi o único a mostrar taxa negativa, de 0,25%.
O Dieese também divide a população em três estratos sociais, os quais obedecem critérios de renda. Por essa divisão, as famílias de maior poder aquisitivo da cidade (com renda média de R$ 2.792,90) perceberam inflação de 4,94% em seus itens de consumo. As famílias mais pobres (renda média de R$ 377,49) sentiram avanço de 3,80% e as do estrato intermediário (renda média de R$ 934,17) observaram em 2005 inflação de 4,09%.
No último mês do ano passado, o ICV mostrou nova desaceleração perante novembro, de 0,38% para 0,19%. Os grupos Transportes (0,84%), Alimentação (0,24%) e Habitação (0,13%) foram as principais pressões, ao responderem juntos por um acréscimo de 0,23 ponto percentual do indicador, enquanto Despesas Pessoais (-0,40%) e Equipamento Doméstico (-0,63%) ajudaram a conter o avanço, ao descontar 0,04 ponto do ICV de dezembro.
Também mostraram variação negativa: Vestuário (0,02%), Recreação (0,10%) e Despesas Diversas (0,32%). Educação e Leitura subiu 0,07% e Saúde mostrou estabilidade.
De acordo com o Dieese, a alta nas despesas com Transportes deveu-se, unicamente, ao subgrupo
individual (1,16%), tendo como origem o reajuste dos combustíveis (1,94%), em especial o álcool (6,75%). O grupo Alimentação, por sua vez, foi influenciado pelos maiores reajustes nos produtos in natura e semi-elaborados (0,76%) e na alimentação fora do domicílio (0,42%). Entre os produtos da indústria alimentícia (-0,40%), verificou-se deflação.
Quanto à relação entre o comportamento dos preços e a renda familiar, as famílias mais pobres observaram inflação de 0,11%. As famílias de nível intermediário de rendimento verificaram avanço de 0,18%, enquanto para as de maior poder aquisitivo, a alta chegou a 0,22%.
(Valor Online)
ICV termina 2005 com segunda menor alta da sua série histórica
SÃO PAULO - O Índice do Custo de Vida (ICV) no município de São Paulo fechou 2005 com uma alta de 4,54%, inferior ao avanço de 7,7% apurado no exercício anterior. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico (Dieese), responsável pelas informações, o resultado do ano passado é a menor elevação dos últimos sete anos e a segunda menor de toda a história do indicador, iniciada em 1959, superior apenas à taxa vista em 1998 (0,49%).
Dos grupos analisados, Transportes registrou o maior aumento, de 9,62%. Os produtos e serviços que mais subiram nesse item foram ônibus urbano (17,65%) e bilhete de metrô múltiplo de 10 (17,65%).
Educação e Leitura, aparece em seqüência, com alta de 8,28%; seguido por Despesas Diversas, com 7,63%; e Saúde, com elevação de 6,37%. Também mostrou variação positiva Alimentação (3,14%), Habitação (2,52%), Equipamento Doméstico (1,04%), Despesas Pessoais (0,92%) e Recreação (0,89%). Vestuário foi o único a mostrar taxa negativa, de 0,25%.
O Dieese também divide a população em três estratos sociais, os quais obedecem critérios de renda. Por essa divisão, as famílias de maior poder aquisitivo da cidade (com renda média de R$ 2.792,90) perceberam inflação de 4,94% em seus itens de consumo. As famílias mais pobres (renda média de R$ 377,49) sentiram avanço de 3,80% e as do estrato intermediário (renda média de R$ 934,17) observaram em 2005 inflação de 4,09%.
No último mês do ano passado, o ICV mostrou nova desaceleração perante novembro, de 0,38% para 0,19%. Os grupos Transportes (0,84%), Alimentação (0,24%) e Habitação (0,13%) foram as principais pressões, ao responderem juntos por um acréscimo de 0,23 ponto percentual do indicador, enquanto Despesas Pessoais (-0,40%) e Equipamento Doméstico (-0,63%) ajudaram a conter o avanço, ao descontar 0,04 ponto do ICV de dezembro.
Também mostraram variação negativa: Vestuário (0,02%), Recreação (0,10%) e Despesas Diversas (0,32%). Educação e Leitura subiu 0,07% e Saúde mostrou estabilidade.
De acordo com o Dieese, a alta nas despesas com Transportes deveu-se, unicamente, ao subgrupo
individual (1,16%), tendo como origem o reajuste dos combustíveis (1,94%), em especial o álcool (6,75%). O grupo Alimentação, por sua vez, foi influenciado pelos maiores reajustes nos produtos in natura e semi-elaborados (0,76%) e na alimentação fora do domicílio (0,42%). Entre os produtos da indústria alimentícia (-0,40%), verificou-se deflação.
Quanto à relação entre o comportamento dos preços e a renda familiar, as famílias mais pobres observaram inflação de 0,11%. As famílias de nível intermediário de rendimento verificaram avanço de 0,18%, enquanto para as de maior poder aquisitivo, a alta chegou a 0,22%.
(Valor Online)