09 janeiro 2006

A HORA E VEZ DO PSDB/PFL




09 de Janeiro de 2006 - 14:19


Polícia Federal investiga esquema tucano
A Polícia Federal informou, nesta segunda-feira, que está apurando um suposto esquema de arrecadação de recursos de campanha tucana em 2002 e que seria encabeçado pelo ex-diretor de engenharia de Furnas, Dimas Toledo. Em julho passado, Dimas foi afastado do cargo. Um documento entregue, informalmente à CPMI dos Correios, revela que Dimas Toledo arrecadou, usando o poder de seu cargo, recursos junto a colaboradores, fornecedores, prestadoresde serviços, corretoras de valores, seguradoras e bancos que tinham relações com Furnas. No documento, estão listados os principais doadores, as campanhas beneficiadas e os valores que elas teriam recebido nos dois turnos das eleições. Na semana passada o jornal "O Globo" publicou na coluna Panorama Político, nota sobre o documento de cinco páginas, acompanhado de um laudo do perito Ricardo Molina. Segundoa nota, "o documento teria sido elaborado, assinado e autenticado em cartório pelo próprio diretor de Furnas", afirmao jornal. De acordo com a nota, publicada no dia 7 de janeiro, o documento lista os principais doadores da campanha tucana, as campanhas beneficiadas e os valores que elas teriam recebido nos dois turnos das eleições. "Os dados disponíveis e o que se conhece da investigação na PF ainda não permitem precisar se os recursos arrecadados constam da contabilidade oficial ou se fazem parte de um caixa dois que levantou R$ 39,9 milhões". Segundo a coluna Panorama Político, as campanhas majoritárias do PSDB e aliados à Presidência da República, em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro teriam sido abastecidas pelos recursos captados pelo então diretor de Furnas. "Segundo o documento, o `dimasduto` ajudou a financiar campanhas de deputados tucanos, do PFL, do PMDB, do PTB, do PP, do PSC e do PL de vários estados", informa o jornal. Entre os parlamentares incluídos na lista, estariam inclusive investigadores da CPMI dos Correios e relatores de processos de cassação do Conselho de Ética da Câmara. Ao comentar a nota, o deputado Carlos Abicalil (PT-MT) afirmou que já tinha conhecimento do documento, mas que é prematuro fazer qualquer avaliação. “Diferentemente da oposição, não fazemos afirmações levianas e preferimos aguardar a conclusão das investigações que estão sendo feitas pela Polícia Federal para fazer qualquer pronunciamento”,ressaltou Abicalil.