09 dezembro 2005

O PASSADO NEGRO E SANGRENTO NUNCA MAIS!


Decidi postar neste blog, um breve resumo de quem foram os presidentes da ditadura militar. Esse período negro da história deste país, não pode ser esquecido jamais. Vou começar com o período mais violento que foi do presidente Gal. Emílio Garrastazu Médici, que governou o país de 1969- 1974. O General Emílio Garrastazu Médici é o presidente, e comanda o período mais sangrento da ditadura militar, com a mais forte repressão, com pessoas sendo presas, torturadas, exiladas ou assassinadas pelo Estado. Centenas de pessoas desapareceram neste período. A esses que desapareceram, esses que foram mortos, a esses que foram presos e torturados, é que devemos hoje, a liberdade, a democracia, a justiça social, as eleições diretas, a nova Constituição que garante os direitos de todos os cidadãos brasileiros. Aqui vai um aviso para aqueles remanescentes da ditadura, que pensam que ela vai voltar, nós não vamos permitir, o povo brasileiro não vai permitir, e faremos isso sem perder o bom humor, o bom senso e a ternura jamais.


Emílio Garrastazu Médici assumiu a Presidência em 30 de outubro de 1969 e governou até 15 de março de 1974. Seu Governo ficou conhecido como "os anos negros da ditadura". O movimento estudantil e sindical estavam contidos e silenciados pela repressão policial. Nesse período é que se deram a maior parte dos desaparecimentos políticos e a tortura tornou-se prática comum dos DOI-CODIs, órgãos governamentais responsáveis por anular os esquerdistas.

O fechamento dos canais de participação política levou a esquerda a optar pela luta armada e pela guerrilha urbana. O governo respondia com mais repressão e com uma intensa propaganda. Foi lançada a campanha publicitária cujo slogan era: "Brasil, ame-o ou deixe-o".

Inúmeros grupos armados de esquerda surgiram em todo o país. Destacam-se a ALN (Aliança Libertadora Nacional), liderada por Marighella, a VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária), sob o comando de Carlos Lamarca, o MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de outubro - data da morte de Che Guevara na Bolívia) e o PCdoB. (O PCB posicionou-se contra a luta armada.) Na Guerrilha urbana, teve papel de realce o sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, pela ALN. Algumas guerrilhas interioranas foram mais duradouras, entre as quais a de Ribeira, a de Caparaó e principalmente a Guerrilha do Araguaia. Esta prolongou-se de 1972 a 1975.

1o. PND - O endurecimento político, entretanto, foi mascarado pelo "milagre econômico", crescimento extraordinário do PIB (cerca de 10% ao ano), diversificação das atividades produtivas e o surgimento de uma nova classe média com alto poder aquisitivo. Tudo isso repousando sobre o aumento estrondoso da concentração de renda, dando-nos o título de país mais injusto do planeta. O crescimento deveu ao Plano Nacional de Desenvolvimento, cujo artífice era o então ministro Delfim Neto. Mas o crescimento não se deveu a milagre: iniciou-se um processo galopante de endividamento (dívida em 1964=1,5 bi; 1970=14 bi; 1985=90 bi), a especulação no Open Market com títulos do governo prejudicou sobremodo a produção e a concentração de renda e da propriedade agrária agravou-se acentuadamente.

Para esconder da população facetas negativas do governo, os índices oficiais de inflação foram manipulados. Lamentável é saber que o endividamente não se reverteu em distribuição mais equitativa da renda, mas serviu para custear obras faraônicas, de necessidade duvidosa, tais como a Ponte Rio-Niterói, a Transamazônica, a Usina de Itaipu, etc.

Ao final do governo, as taxas de crescimento começavam a declinar. Deveu-se tal fato principalmente à Crise do Petróleo em 1973, que nos atingiu profundamente, uma vez que, nesse período, a maior parte do petróleo consumido aqui era importada. Assumiu o governo Ernesto Geisel, mais ligado à linha Castellista (ou da Sorbonne) do que à linha dura.