“Quando a Petrobras revelou a maior reserva de
petróleo da sua história, em 2007, o então presidente Luiz Inácio Lula
da Silva brincou que a descoberta havia provado que Deus é brasileiro.
Novos dados de produção estão levando muitos na indústria a compartilhar
esse otimismo”, diz reportagem do americano Wall Street Journal;
extração de 520 mil barris, um recorde histórico para a estatal, e
reconhecimento internacional derrubam teses derrotistas de colunistas
como Carlos Alberto Sardenberg e Reinaldo Azevedo
247 – Em reportagem nesta sexta-feira, o Wall
Street Journal furou previsões incrédulas da mídia brasileira
reconhecendo a força do pré-sal no Brasil.
“Quando a Petrobras revelou a maior descoberta de reservas de
petróleo da sua história, em 2007, o então presidente Luiz Inácio Lula
da Silva brincou que a descoberta havia provado que Deus é brasileiro.
Novos dados de produção estão levando muitos na indústria a compartilhar
esse otimismo”, diz o texto.
Em maio, a extração de 25 poços da província do pré-sal resultou em
520 mil barris, um recorde histórico para a estatal. O governo estuda
até ceder mais áreas para a produção da Petrobras, seguindo modelo
adotado para a produção de quatro áreas da Bacia de Santos - Búzios,
Florim, Nordeste de Tupi e Entorno de Iara.
“É um crescimento rápido para a Petrobras em uma das regiões
petrolíferas mais desafiadoras do mundo. Os depósitos se encontram a
cerca de 320 quilômetros longe da costa sudeste do Brasil, enterrados no
solo oceânico sob uma grossa camada de sal, o que dá nome aos campos”,
afirma a publicação.
Texto diz ainda que, com o pré-sal, o Brasil pretende ser um dos
cinco principais produtores de petróleo do mundo até 2020, quando a
produção deve chegar a quatro milhões de barris por dia.
Recentemente, a presidente Dilma Rousseff comemorou a marca ao lado
da presidente da estatal, Graça Foster, lembrando que a exploração do
pré-sal foi desacreditada por muitos comentaristas.
“A solidez, os avanços e as conquistas de uma empresa do porte e da
importância estratégica da Petrobras só podem ser compreendidas numa
cadeia ininterrupta de sucessos. Não vai ser um ou outro fato isolado
que irão mudar essa história”, disse Dilma.
Em 2008, o colunista Carlos Alberto Sardemberg chegou a publicar que
«o petróleo do pré-sal só existia na campanha do governo”. “Acreditar
que o óleo esta na mão é como acreditar que o Brasil é auto-suficiente
em petróleo”, escreveu.
Um ano depois, o jornalista neocon Reinaldo Azevedo comemorava: “E saiu só um tiquinho de petróleo do pré-sal no bloco Tupi”.