A presidenta Dilma Rousseff voltou a defender a quebra de patente de alguns medicamentos para tratamento de algumas doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão e acesso gratuito a medicamentos para população de baixa renda para tratar essas doenças. Dilma falou nesta segunda-feira (19) na abertura da reunião sobre o tema na sede da ONU (Organização das Nações Unidas).
Segundo ela, 72% das causas não violentas de óbito entre pessoas com menos de 70 anos são com pessoas com essas doenças.
Em seu primeiro discurso na ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, a presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira (19) as políticas de saúde como aliadas de programas de desenvolvimento social. A declaração foi feita durante reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas da ONU. Dilma terá nos EUA reuniões bilaterais com outros chefes de Estado. Na quarta (21), ela abre a
"O Brasil defende acesso a esses medicamentos", disse Dilma, lembrando que uma das primeiras medidas do seu governo foi aumentar acesso para pacientes com hipertensão e diabetes, possibilitando o acesso gratuito a esses medicamentos, por meio do Programa Saúde Não Tem Preço, que distribui remédios a 20 mil farmácias publicas e privadas. "A defesa ao acesso dos medicamentos e prevenção devem andar juntos", ressaltou. Chefes de Estado e Governo e ministros da saúde de todo o mundo debateram nesta segunda-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas a implementação de medidas para a prevenção de doenças não transmissíveis. As quatro doenças em nível mundial abordadas durante o fórum são as cardiovasculares, as pulmonares crônicas, o câncer e o diabetes, consideradas pela ONU uma ameaça para o desenvolvimento.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 36 milhões de pessoas morrem por ano em decorrência destas doenças, principalmente nos países mais pobres. O secretário-geral da ONU ressaltou que o tratamento contra essas enfermidades não é caro e a prevenção pode não ter nenhum custo, além de inclusive economizar dinheiro.
Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também falou que é fundamental flexibilizar as patentes dos medicamentos destinados às doenças crônicas não transmissíveis para que mais brasileiros tenham acesso aos tratamentos. Segundo ele, foi a flexibilização das patentes que permitiu que hoje 200 mil pessoas com o vírus HIV tenham acesso aos medicamentos.Padilha acompanhou a presidente na Reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis, da ONU. O ministro acrescentou que a adoção de uma espécie de banco de preços – comparando o valor cobrado por medicamentos estrangeiros e nacionais – levou o governo a economizar R$ 600 milhões.“A prioridade deve ser a saúde pública. Ela deve vir em primeiro lugar”, disse o ministro. A presidenta, em seu discurso, destacou que a saúde da mulher está entre os temas mais importantes do governo. Dilma ressaltou ainda que está determinada a reduzir os números referentes aos casos de câncer de mama e o de colo do útero, além da mortalidade infantil.
Para a presidenta, a defesa do acesso a medicamentos e a promoção da saúde, assim como a prevenção, devem caminhar juntas. Segundo ela, no Brasil 72% das causas não violentas de morte entre pessoas com menos de 70 anos ocorrem em função das doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão, diabetes e câncer.Dilma disse também que o governo atua para reduzir os fatores de risco com maior influência no aparecimento das doenças crônicas não transmissíveis, como o tabagismo, o uso abusivo de álcool e a falta de atividade física, além da alimentação não saudável.
Agência Brasil