Num discurso feito para acalmar investidores, ex-presidente afirmou que aumento da inflação no País é um 'fenômeno passageiro'
Em palestra para profissionais do setor financeiro, promovida pelo Bank of America Merrill Lynch, o ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva criticou nesta quarta-feira o que chamou de “profetas do caos” e disse que o aumento da inflação no País é um “fenômeno passageiro”.Foto: Brainpix Ampliar
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva“Muitos profetas do caos acham que o sucesso brasileiro, que conseguiu equilibrar desenvolvimento econômico com inclusão social, está ameaçado pela volta da inflação. O mesmo ocorreu em 2003, quando muita gente apostava no fracasso do Brasil e previa que a inflação, que atingiu 12,5% em 2002, continuaria a crescer. Não vacilamos na hora de combater a inflação, pusemos em prática uma autoridade política monetária, e conseguimos que a taxa de inflação chegasse a 3,1% em 2006”, disse o ex-presidente.
Segundo Lula, o aumento da inflação é uma conseqüencia da conjuntura econômica internacional. “A alta da inflação no Brasil não tem causas estruturais. É um fenômeno passageiro, com causas externas, e será revertido graças à ação decidida do governo e da sociedade. A presidenta Dilma já tomou medidas.”
Num discurso feito para acalmar investidores, Lula lembrou que o País conseguiu passar incólume pela crise financeira mundial de 2008/2009 e disse também que o Brasil hoje tem um sistema financeiro mais moderno e eficaz do que alguns anos atrás.
A imprensa não teve acesso ao evento por determinação do Bank of Amercia Merrill Lynch. A assessoria de imprensa do ex-presidente, no entanto, distribuiu cópias de seu discurso ao fim do encontro que, segundo relatos, foi pontuado por improvisos.
Os organizadores não divulgaram o cachê de Lula, mas, segundo fontes do mercado de palestras, o ex-presidente cobra entre R$ 150 mil e R$ 200 mil por aparição. O evento aconteceu em um dos mais sofisticados bufês de São Paulo, no bairro de classe média alta Itaim-Bibi. Na entrada, uma fila de aproximadamente 20 manobristas aguardava os 800 convidados, que chegavam, em sua maioria, em carros de luxo importados.
Entre os convidados estava o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o ex-ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan e o ex-presidente do BC e do BNDES do governo Fernando Henrique Cardoso Pérsio Arida, que deixou o evento antes do término da palestra de Lula – e não quis comentar o seu indiciamento, pela Polícia Federal, por suposta prática de gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha, no inquérito da Operação Satiagraha. “Está excepcional”, limitou-se a dizer, sobre a palestra do petista.
A imprensa não teve acesso ao evento por determinação do Bank of Amercia Merrill Lynch. A assessoria de imprensa do ex-presidente, no entanto, distribuiu cópias de seu discurso ao fim do encontro que, segundo relatos, foi pontuado por improvisos.
Os organizadores não divulgaram o cachê de Lula, mas, segundo fontes do mercado de palestras, o ex-presidente cobra entre R$ 150 mil e R$ 200 mil por aparição. O evento aconteceu em um dos mais sofisticados bufês de São Paulo, no bairro de classe média alta Itaim-Bibi. Na entrada, uma fila de aproximadamente 20 manobristas aguardava os 800 convidados, que chegavam, em sua maioria, em carros de luxo importados.
Entre os convidados estava o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o ex-ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan e o ex-presidente do BC e do BNDES do governo Fernando Henrique Cardoso Pérsio Arida, que deixou o evento antes do término da palestra de Lula – e não quis comentar o seu indiciamento, pela Polícia Federal, por suposta prática de gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha, no inquérito da Operação Satiagraha. “Está excepcional”, limitou-se a dizer, sobre a palestra do petista.