Os investimentos feitos pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas universidades federais e, em especial, no corpo docente dessas entidades foram apontados nesta quinta-feira (17) pela presidente Dilma Rousseff como fundamentais para o enfrentamento ao crack. A avaliação foi feita na abertura do seminário sobre a implantação dos centros regionais de Referência em Crack e Outras Drogas.
“Essa é uma droga que apresenta o desafio de não ter, no plano mundial, um acervo de conhecimento e acúmulo de metodologia de tratamento”, disse Dilma Rousseff, dirigindo-se aos representantes de 46 instituições federais de ensino superior responsáveis pelos 49 projetos que capacitarão mais de 14 mil pessoas para atuar na área.
Por esse motivo, acrescentou a presidente, “a valorização dada pelo governo Lula às universidades federais contribui para essa devolução que os senhores podem fazer à sociedade brasileira. A participação [das universidades federais] é estratégica para o pioneirismo desses centros de referência”, disse ela, que ressaltou a importância dessas instituições para a capacitação de pessoal e para a definição de políticas de reinserção.
“Precisamos formar profissionais. Sabemos que essa é uma droga que tem uma capacidade de propagação muito elevada e que, atrás do eixo da prevenção, pelo qual precisamos impedir que mais pessoas sejam vítimas do crack, são necessárias intervenções visando tratamentos, clínicas e enfermarias especializadas, além de políticas de reinserção”, afirmou.
Lugar privilegiado
“Voces estão em um lugar privilegiado, que estrutura as condições de enfrentamento da droga, para compreender e entender seus mecanismos. Atrelar todas as variáveis dos diferentes saberes nesse projeto vai ser uma das maiores armas nesse enfrentamento”, disse a presidente. “Espero que voces decifrem para que a gente possa, em termos sociais, desenvolver o projeto”, completou.
Dilma reiterou o papel relevante da Polícia Federal (PF) nas ações do governo contra as drogas. “Tudo passa também por um processo de combate ao crime organizado. A PF será reforçada para esse combate sem quartel, porque a entrada se dá pelas fronteiras e pela estrutura de distribuição do crime organizado”.
Agência Brasil