09 fevereiro 2011

OPORTUNIDADE DE OURO

Na condição de líder do PPS, o senador Itamar Franco (MG) sugeriu nesta terça-feira (8) que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) ouça o ex-candidato à Presidência da República, José Serra, sobre o mínimo de 600,00. Com certeza seria uma oportunidade de ouro para os parlamentares desmascararem Serra: como aumentar o mínimo além do possível sem quebrar a Previdência? Qual é a mágica?
Seria também uma oportunidade para os parlamentares perguntarem a Serra sobre a revelação do WikiLeaks: as conversas de Serra com a Chevron sobre o pré-sal: “Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama. Afinal, Serra iria atender aos desejos internacionais ante os nacionais, iria de fato privatizar o Pré-Sal, entregar ao capital estrangeiro?
E seria uma oportunidade para Serra falar sobre as enchentes de SP: será que ele tem o que mostrar que tenha sido feito para diminuir caos das chuvas, as enchentes?
Serra também poderia explicar a péssima situação da educação em SP; o rombo na Secretaria da Saúde em SP, os gastos gigantescos com publicidade, bem maiores do que com a Saúde
Serra poderia explicar os pedágios mais caros do mundo em SP, explicar a história vexatória da bolinha de papel, do aborto de sua esposa, denunciado por uma ex-aluna. E se isso foi calúnia, por que ele não processou a ex-aluna? Ela tem nome, endereço, se tornou bem conhecida.
Serra poderia explicar a maquete da ponte entre Santos e Guarujá. Segundo um tucano bem relacionado com o atual governador e seu antecessor, “Alckmin não deve mesmo fazer a ponte. Mas também é verdade que o Serra jamais imaginou que aquilo poderia sair da maquete.” Os parlamentares poderiam perguntar: - Serra você mentiu de novo, tentou enganar o povo de novo?
Jussara Seixas