CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
O mercado de trabalho registrou, neste ano, o melhor desempenho para um mês de janeiro, se for levada em conta a série histórica iniciada em março de 2002, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa de desemprego de 7,2%, além de ser a menor para o primeiro mês do ano, é a segunda menos intensa de toda a série, acima apenas dos 6,8% observados em dezembro de 2008 e 2009.
Responsável pela PME (Pesquisa Mensal de Emprego), Cimar Azeredo destacou que o desemprego sempre acelera na passagem de dezembro para janeiro, devido à dispensa de empregados temporários contratados no final do ano. Este ano, no entanto, foi observada a menor variação dentro da série, entre esses meses -- alta de 0,4 p.p (ponto percentual).
De dezembro de 2008 para janeiro de 2009, por exemplo, a taxa de desemprego havia avançado 1,4 p.p, influenciada pelos primeiros efeitos da crise. O bom resultado em janeiro aponta que houve menos dispensa dos trabalhadores temporários, com o mercado absorvendo e efetivando esses empregados que eram provisórios.
"O mercado de trabalho continua avançando, e em janeiro, deslanchou. Ele absorveu o trabalho temporário como nunca havia feito antes. Esse dado positivo é ainda mais relevante depois de passarmos por um período de crise. O mercado de trabalho está refletindo o cenário econômico favorável", afirmou Azeredo, destacando que o emprego com carteira manteve-se em alta.
O nível de ocupação também foi recorde para o mês de janeiro. Segundo o IBGE, 52,4% da população com dez anos ou mais de idade estava empregada em janeiro.
Entre os setores, a construção registrou a criação de 133 mil novas vagas em janeiro, ou alta de 8,9% frente a igual período em 2009. Em relação a dezembro, houve recuo de 1,5%, ou 24 mil vagas a menos.
A indústria registrou a perda de 79 mil vagas em janeiro, ou retração de 2,2%, na comparação com dezembro. Perante a janeiro de 2009, o recuo foi de 1,6%, o que significou 59 mil vagas a menos.
Já o comércio perdeu 74 mil vagas (-1,8%) em relação a dezembro. Na comparação com janeiro de 2009, houve avanço de 0,4%, ou 16 mil novas vagas sobre igual mês no ano passado.
A perspectiva é que a taxa de desemprego suba em fevereiro, a exemplo dos anos anteriores, pela continuidade da dispensa de trabalhadores temporários. Em cidades com forte potencial turístico, como o Rio de Janeiro, a demissão desses empregados ocorre mais tarde, pelo movimento de verão e Carnaval que ajuda a impulsionar a economia dessas regiões.
No Rio, por exemplo, a taxa de desemprego manteve-se estável, em 5,4%. Em relação a dezembro, o setor de construção da região metropolitana do Rio teve o contingente de ocupados ampliado em 6,4%. O segmento de Outros serviços, que inclui o Turismo, registrou ocupação 3,3% maior do que em dezembro.
Em São Paulo, a taxa de desemprego passou de 7,5% para 8%, entre dezembro e janeiro. A indústria paulista perdeu 57 mil vagas no período, o que significou queda de 3,1% frente a dezembro.
Nas demais quatro regiões metropolitanas pesquisadas, Salvador registrou a taxa de desocupação mais elevada em janeiro, com 11,9% da população economicamente ativa à procura de emprego.
Em Recife, a taxa de desemprego ficou em 8,6%; em Belo Horizonte, foi de 6,1%, e em Porto Alegre, não passou de 4,3%.
da Folha Online, no Rio
O mercado de trabalho registrou, neste ano, o melhor desempenho para um mês de janeiro, se for levada em conta a série histórica iniciada em março de 2002, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa de desemprego de 7,2%, além de ser a menor para o primeiro mês do ano, é a segunda menos intensa de toda a série, acima apenas dos 6,8% observados em dezembro de 2008 e 2009.
Responsável pela PME (Pesquisa Mensal de Emprego), Cimar Azeredo destacou que o desemprego sempre acelera na passagem de dezembro para janeiro, devido à dispensa de empregados temporários contratados no final do ano. Este ano, no entanto, foi observada a menor variação dentro da série, entre esses meses -- alta de 0,4 p.p (ponto percentual).
De dezembro de 2008 para janeiro de 2009, por exemplo, a taxa de desemprego havia avançado 1,4 p.p, influenciada pelos primeiros efeitos da crise. O bom resultado em janeiro aponta que houve menos dispensa dos trabalhadores temporários, com o mercado absorvendo e efetivando esses empregados que eram provisórios.
"O mercado de trabalho continua avançando, e em janeiro, deslanchou. Ele absorveu o trabalho temporário como nunca havia feito antes. Esse dado positivo é ainda mais relevante depois de passarmos por um período de crise. O mercado de trabalho está refletindo o cenário econômico favorável", afirmou Azeredo, destacando que o emprego com carteira manteve-se em alta.
O nível de ocupação também foi recorde para o mês de janeiro. Segundo o IBGE, 52,4% da população com dez anos ou mais de idade estava empregada em janeiro.
Entre os setores, a construção registrou a criação de 133 mil novas vagas em janeiro, ou alta de 8,9% frente a igual período em 2009. Em relação a dezembro, houve recuo de 1,5%, ou 24 mil vagas a menos.
A indústria registrou a perda de 79 mil vagas em janeiro, ou retração de 2,2%, na comparação com dezembro. Perante a janeiro de 2009, o recuo foi de 1,6%, o que significou 59 mil vagas a menos.
Já o comércio perdeu 74 mil vagas (-1,8%) em relação a dezembro. Na comparação com janeiro de 2009, houve avanço de 0,4%, ou 16 mil novas vagas sobre igual mês no ano passado.
A perspectiva é que a taxa de desemprego suba em fevereiro, a exemplo dos anos anteriores, pela continuidade da dispensa de trabalhadores temporários. Em cidades com forte potencial turístico, como o Rio de Janeiro, a demissão desses empregados ocorre mais tarde, pelo movimento de verão e Carnaval que ajuda a impulsionar a economia dessas regiões.
No Rio, por exemplo, a taxa de desemprego manteve-se estável, em 5,4%. Em relação a dezembro, o setor de construção da região metropolitana do Rio teve o contingente de ocupados ampliado em 6,4%. O segmento de Outros serviços, que inclui o Turismo, registrou ocupação 3,3% maior do que em dezembro.
Em São Paulo, a taxa de desemprego passou de 7,5% para 8%, entre dezembro e janeiro. A indústria paulista perdeu 57 mil vagas no período, o que significou queda de 3,1% frente a dezembro.
Nas demais quatro regiões metropolitanas pesquisadas, Salvador registrou a taxa de desocupação mais elevada em janeiro, com 11,9% da população economicamente ativa à procura de emprego.
Em Recife, a taxa de desemprego ficou em 8,6%; em Belo Horizonte, foi de 6,1%, e em Porto Alegre, não passou de 4,3%.