03 agosto 2009

Pomar contesta informação do jornal O Globo
O secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, enviou carta a O Globo contestando matéria publicada nesta sexta-feira (31) pelo jornal. Leia abaixo:
Prezado Ilimar Franco
Artigo publicado na sua coluna no jornal O Globo deste 31 de julho comete um erro grave, nos atribuindo uma posição que não é a nossa.
O artigo, intitulado "Ala do PT se une ao PSDB: Fora Sarney!", afirma que “A tendência Articulação de Esquerda do PT também quer o afastamento de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado. Seu principal dirigente, Valter Pomar, é secretário de Relações Internacionais da Executiva do PT. No jornal da tendência, Página 13, de agosto, tem o artigo "Novas oligarquias, velhos problemas", no qual um militante diz: " É preciso usar a crise para defender a extinção do Senado. E que se ache uma maneira de tirar José Sarney do cargo, antes que outros o façam. E que sua saída vergonhosa da vida pública seja entendida como o começo de efetivas mudanças nas estruturas da cultura política nacional".
Se a posição da tendência fosse esta, o artigo em questão não teria sido publicado na seção de “Opinião” do jornal assinado por um militante, mas sim no “Editorial” assinado pela direção.
A esse respeito, sugiro que você leia as entrevistas dadas à imprensa por Iriny Lopes, nossa candidata à presidência nacional do PT; bem como por mim. Lá fica clara nossa posição.
Espanta que, além de não ter nos procurado para confirmar a informação, você a tenha publicado com um título escandaloso e ofensivo.
É evidente a hipocrisia do PSDB, no ataque contra Sarney. O comportamento do atual presidente do Senado não difere da maioria dos senadores e deputados tucanos e demos. Quando a oposição ataca Sarney, tem como objetivo não a ética na política, mas criar dificuldades para o governo Lula. Frente aos crimes e desmandos, que se investigue e puna todos os envolvidos. E que se aproveite para, no bojo de uma reforma política profunda, discutir o fim do Senado, com seus mandatos de 8 anos, seus suplentes, sua desproporcionalidade e seu inaceitável papel de câmara revisora.
Atenciosamente
Valter Pomar
Fonte- PT