Conspiração. Empenhados em rastrear o vazamento de conversas da família Sarney, aliados do peemedebista fizeram circular a informação de que um genro de Cristovam Buarque (PDT-DF) é delegado da PF. Marcelo de Oliveira Andrade atua na divisão de combate a crimes financeiros em Brasília, a mesma que investiga Fernando Sarney.
Painel FSP
Corregedor-geral pede explicações sobre vazamentos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O corregedor-geral da Justiça Federal, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Hamilton Carvalhido, pediu ontem informações ao corregedor do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Olindo Herculano de Menezes, sobre quais medidas já foram tomadas a respeito do vazamento de informações do processo da Operação Boi Barrica (rebatizada com o nome de Faktor), da Polícia Federal.O processo, que está sob segredo de Justiça, corre no tribunal- responsável pelo Estado do Maranhão, onde ocorreram as investigações daquela operação. No mesmo dia, Carvalhido recebeu do desembargador Mário César Ribeiro a resposta de que o TRF-1 já encaminhou pedido de esclarecimentos ao juiz Ney Barros Bello Filho, da 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Maranhão, responsável pelo inquérito.Na semana passada, o jornal "O Estado de S. Paulo" divulgou trechos de conversas captadas por meio da quebra de sigilo telefônico autorizada judicialmente. As gravações trazem diálogos entre Maria Beatriz Sarney, neta de Sarney, Fernando, pai de Maria Beatriz, e o próprio Sarney nos quais eles tratam da nomeação no Senado do namorado dela, Henrique Dias Bernardes.As conversas são de março a abril de 2008. Oito dias depois, Henrique foi nomeado por ato secreto para um cargo de assistente parlamentar. Sarney não comentou as conversas. O advogado de Fernando soltou nota na época dizendo que trata-se da divulgação mutilada de trechos de longas conversas telefônicas mantidas entre familiares, as quais não revelam a prática de qualquer ato ilícito.