EUA cancelam vistos diplomáticos de funcionários do governo de Micheletti
Do UOL Notícias*Em São Paulo
Os EUA aumentaram a pressão sobre o regime interino de Honduras ao anunciar nesta terça-feira a revogação dos vistos diplomáticos de quatro funcionários do governo de Roberto Micheletti. Washington pretende revogar outros vistos diplomáticos, mas insiste em uma saída negociada da crise, segundo a agência de notícias AFP. O juiz Tomás Arita, que ordenou aos militares a detenção do líder deposto Manuel Zelaya, e o presidente do parlamento, Alfredo Saavedra, são dois dos quatro funcionários do governo interino que tiveram seus vistos suspensos.
As pessoas que sofreram a sanção, segundo Ian Kelly, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, são funcionários que trabalharam para o governo do presidente deposto, Manuel Zelaya, derrubado por um golpe de Estado em 28 de junho, e que se mantiveram no posto com o regime de Micheletti."Estamos revisando todos os vistos de tipo A (diplomáticos) de membros do regime no poder em Honduras, assim como os vistos das famílias desses individuos", disse Kelly. A medida está sendo implementada pela embaixada norte-america em Tegucigalpa."Temos uma política de não reconhecer o governo de Roberto Micheletti. Este é um passo que tomamos para ser coerentes com nossa política", disse Kelly, que recusou caracterizar a medida como um endurecimento de Washington contra o regime interino.
Personagens da crise: os protagonistas
Manuel Zelaya foi eleito presidente de Honduras pelo Partido Liberal (centro-direita) em 2005 e assumiu no ano seguinte, com mandato até 2010. Durante seu governo, aproximou-se dos governos de esquerda da região e Honduras passou a fazer parte da Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA), bloco liderado por Venezuela e Cuba. Em junho deste ano, tentou promover um referendo para mudar a Constituição e permitir a reeleição presidencial, iniciativa que foi considerada ilegal pelo Parlamento e pelo poder Judiciário. No dia 28 de junho, quando iria levar adiante a votação, Zelaya, ainda de pijamas, foi expulso do país por militares e deposto do cargo de presidente
Roberto Micheletti, também do Partido Liberal, era presidente do Parlamento hondurenho quando Zelaya foi deposto. Assumiu a Presidência e defende que a manobra foi legítima, com o objetivo de proteger o país de um suposto golpe de Zelaya contra a democracia. Durante seu governo interino, que não foi reconhecido por nenhum outro governo, o país foi expulso da OEA e teve parte do financiamento externo congelado. Micheletti anunciou que Zelaya será preso caso volte ao pais
Do UOL Notícias*Em São Paulo
Os EUA aumentaram a pressão sobre o regime interino de Honduras ao anunciar nesta terça-feira a revogação dos vistos diplomáticos de quatro funcionários do governo de Roberto Micheletti. Washington pretende revogar outros vistos diplomáticos, mas insiste em uma saída negociada da crise, segundo a agência de notícias AFP. O juiz Tomás Arita, que ordenou aos militares a detenção do líder deposto Manuel Zelaya, e o presidente do parlamento, Alfredo Saavedra, são dois dos quatro funcionários do governo interino que tiveram seus vistos suspensos.
As pessoas que sofreram a sanção, segundo Ian Kelly, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, são funcionários que trabalharam para o governo do presidente deposto, Manuel Zelaya, derrubado por um golpe de Estado em 28 de junho, e que se mantiveram no posto com o regime de Micheletti."Estamos revisando todos os vistos de tipo A (diplomáticos) de membros do regime no poder em Honduras, assim como os vistos das famílias desses individuos", disse Kelly. A medida está sendo implementada pela embaixada norte-america em Tegucigalpa."Temos uma política de não reconhecer o governo de Roberto Micheletti. Este é um passo que tomamos para ser coerentes com nossa política", disse Kelly, que recusou caracterizar a medida como um endurecimento de Washington contra o regime interino.
Personagens da crise: os protagonistas
Manuel Zelaya foi eleito presidente de Honduras pelo Partido Liberal (centro-direita) em 2005 e assumiu no ano seguinte, com mandato até 2010. Durante seu governo, aproximou-se dos governos de esquerda da região e Honduras passou a fazer parte da Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA), bloco liderado por Venezuela e Cuba. Em junho deste ano, tentou promover um referendo para mudar a Constituição e permitir a reeleição presidencial, iniciativa que foi considerada ilegal pelo Parlamento e pelo poder Judiciário. No dia 28 de junho, quando iria levar adiante a votação, Zelaya, ainda de pijamas, foi expulso do país por militares e deposto do cargo de presidente
Roberto Micheletti, também do Partido Liberal, era presidente do Parlamento hondurenho quando Zelaya foi deposto. Assumiu a Presidência e defende que a manobra foi legítima, com o objetivo de proteger o país de um suposto golpe de Zelaya contra a democracia. Durante seu governo interino, que não foi reconhecido por nenhum outro governo, o país foi expulso da OEA e teve parte do financiamento externo congelado. Micheletti anunciou que Zelaya será preso caso volte ao pais