24 julho 2009

SÃO PAULO - As investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras devem ter efeito "insignificante" sobre a reputação da estatal, já que o governo tem maioria na CPI, afirmou a revista britânica "The Economist" na edição desta semana, que traz reportagem sobre possíveis problemas da empresa brasileira. "As conexões políticas são essenciais para a Petrobras", afirma a revista, lembrando que o governo federal é o acionista controlador e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, faz parte do conselho de administração.De acordo com a "The Economist", o fato de o ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) e o bispo Marcelo Crivella (PRB-RJ) fazerem parte da CPI "aumenta o espetáculo" da comissão. José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, afirma que a investigação é bem-vinda, pois representa uma chance de escrutínio público da maior empresa do País. Porém, de acordo com a publicação, ele se preocupa com a possibilidade de a CPI se transformar "em um circo político, como normalmente ocorre com as comissões do Congresso".