Lula no FSM: O povo pobre do Brasil não vai pagar por uma crise que não nasceu aqui
Os cinco presidentes sul-americanos reunidos ontem à noite no Fórum Social Mundial de Belém mandaram um recado claro para os países responsáveis pela crise financeira mundial: ela não será paga com o sacrifício dos mais pobres.Num encontro histórico, que lotou o Centro de Convenções Hangar, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Hugo Chaves (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai) foram unânimes em afirmar que o enfrentamento da crise passa pela integração regional, pelo fortalecimento dos Estados nacionais e pela execução de políticas públicas com fortes investimentos governamentais."O povo pobre do Brasil não vai pagar por uma crise que não nasceu aqui", afirmou Lula, que foi ovacionado por vários minutos ao iniciar sua fala.Ele lembrou dos tempos em que o FMI (Fundo Monetário Internacional) ditava regras aos países da região. "Agora o FMI que diga ao Obama e aos países da Europa o que ele devem fazer para acabar com a crise deles", ironizou.Entre as medidas para contar o avanço da crise no país, Lula anunciou investimentos públicos para a construção de 1 milhão de casas populares nos próximos dois anos e falou dos projetos da Petrobrás para geração de emprego e renda.“A crise não nasceu por causa do socialismo bolivariano do Hugo Chávez. Não nasceu por causa da Constituição de Evo Morales. A crise nasceu porque durante os anos 80 e 90 eles defenderam a lógica de que o Estado não podia nada e que o ‘deus mercado’ ia desenvolver o país e fazer justiça social. Esse 'deus mercado' quebrou por falta de controle, por irresponsabilidade”, afirmou Lula.Durante o debate, Chávez, Correa, Lugo e Morales reafirmaram a necessidade de se promover a integração latino-americana. Eles pediram a união entre os países da América Latina para superar a crise financeira internacional e apresentar ao mundo um novo modelo de desenvolvimento. “Um outro mundo é possível, necessário e está nascendo agora na América Latina”, disse Chávez.Nesta sexta-feira (30), Lula se reuniu com o comitê internacional do Fórum Social Mundial e em seguida almoça com a governadora do Pará, Ana Julia Carepa.
Os cinco presidentes sul-americanos reunidos ontem à noite no Fórum Social Mundial de Belém mandaram um recado claro para os países responsáveis pela crise financeira mundial: ela não será paga com o sacrifício dos mais pobres.Num encontro histórico, que lotou o Centro de Convenções Hangar, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Hugo Chaves (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai) foram unânimes em afirmar que o enfrentamento da crise passa pela integração regional, pelo fortalecimento dos Estados nacionais e pela execução de políticas públicas com fortes investimentos governamentais."O povo pobre do Brasil não vai pagar por uma crise que não nasceu aqui", afirmou Lula, que foi ovacionado por vários minutos ao iniciar sua fala.Ele lembrou dos tempos em que o FMI (Fundo Monetário Internacional) ditava regras aos países da região. "Agora o FMI que diga ao Obama e aos países da Europa o que ele devem fazer para acabar com a crise deles", ironizou.Entre as medidas para contar o avanço da crise no país, Lula anunciou investimentos públicos para a construção de 1 milhão de casas populares nos próximos dois anos e falou dos projetos da Petrobrás para geração de emprego e renda.“A crise não nasceu por causa do socialismo bolivariano do Hugo Chávez. Não nasceu por causa da Constituição de Evo Morales. A crise nasceu porque durante os anos 80 e 90 eles defenderam a lógica de que o Estado não podia nada e que o ‘deus mercado’ ia desenvolver o país e fazer justiça social. Esse 'deus mercado' quebrou por falta de controle, por irresponsabilidade”, afirmou Lula.Durante o debate, Chávez, Correa, Lugo e Morales reafirmaram a necessidade de se promover a integração latino-americana. Eles pediram a união entre os países da América Latina para superar a crise financeira internacional e apresentar ao mundo um novo modelo de desenvolvimento. “Um outro mundo é possível, necessário e está nascendo agora na América Latina”, disse Chávez.Nesta sexta-feira (30), Lula se reuniu com o comitê internacional do Fórum Social Mundial e em seguida almoça com a governadora do Pará, Ana Julia Carepa.
PT