18 maio 2008

GOVERNO LULA

Emprego formal deve bater recorde histórico de contratação em abril
Número de trabalhadores com carteira acrescidos ao mercado superou 302 mil
O número de trabalhadores contratados com carteira assinado superou 302 mil em abril, segundo informações preliminares das estatísticas oficiais do saldo de emprego e desemprego no mercado formal.Se confirmado na divulgação que o Ministério do Trabalho fará nesta semana, abril terá sido o melhor mês da série histórica da pesquisa mensal de emprego formal, iniciada em 1992. Até agora, o melhor número é o de abril do ano passado, quando as contratações com carteira assinada totalizaram 301.991.Com o desempenho do último mês, o número de trabalhadores admitidos no mercado formal no primeiro quadrimestre deve ficar em 850 mil. Diante dessa performance, o Ministério do Trabalho pretende elevar de 1,8 milhão para 2 milhões a estimativa para 2008 do número de contratações com carteira assinada, estabelecendo um novo recorde para o total de vagas geradas em um ano.Para o diretor-técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Clemente Ganz Lúcio, o dinamismo reflete a continuidade da expansão da economia, influenciada por aumento de renda, crédito e investimento.Lúcio explica que a consistência do crescimento tem provocado elevação do número de contratações com carteira assinada entre autônomos e também no setor público. Ele, contudo, destaca que o melhor desempenho tem sido o do mercado formal. "O número de empregos com carteira assinada tem aumentado quatro vezes mais que a ampliação de vagas no setor público e se mantém 40% acima das contratações no segmento dos autônomos, o que mostra que a expansão do mercado de trabalho tem sido puxada pelas contratações com carteira assinada", comentou.De acordo com o diretor-técnico do Dieese, a continuidade do crescimento e as expectativas favoráveis dos empresários para os próximos meses têm feito com que trabalhadores que atuavam no mercado informal por meio de contratos sejam progressivamente incorporados ao mercado formal, fator que reforça as estatísticas.O maior nível de contratações tem ocorrido no setor de serviços, na indústria e na construção. Embora em menor nível, o agronegócio também tem ampliado as vagas. A professora da Esalq/USP Márcia Azanha acrescenta que a maior demanda por alimentos estimula a produção nacional e, conseqüentemente, a contratação no campo. Ela lembra que, apesar do alto nível de mecanização de algumas culturas, como cana, soja e milho, a tendência é de ampliação das ocupações em propriedades rurais.

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