Segundo analistas políticos, o PSDB vive um dilema em pleno ano de eleições municipais: os candidatos podem ficar sem discurso se o PSDB não escolher, desde já, uma bandeira que fortaleça o partido.
Sugestão deste blog: o PSDB poderia ter como bandeira os governos estaduais e os 8 anos do governo FHC. Vamos começar pelos estados. Alagoas, do Teotônio Vilela: greves de policiais e médicos, baixos salários, caos na saúde, miséria, péssima educação escolar, descaso total com o povo. Paraíba, do Cássio Cunha Lima: esse já foi cassado duas vezes, está para ser cassado uma terceira, permanece como governador por força de liminar concedida pelo TSE até o julgamento final dos processos. Rio Grande do Sul, de Yeda Crusius: por incompetência pura, conseguiu juntar contra ela a classe média, os funcionários públicos, o povo, o judiciário, os aliados, até o vice. São Paulo, de José Serra: às voltas com CPIs para investigar as mazelas do governo Alckmin, que são muitas, ele faz como FHC e engaveta todas. Privatizar é a palavra de ordem: começa pela CESP, vai para a SABESP, Nossa Caixa, e continua privatizando. Serra segue os passos de FHC e arrocha os salários do funcionalismo mentindo, enganando, pois diz que deu aumento. O descaso com o maior hospital da AL, o HC, resultou até em incêndio por falta de investimento em manutenção. A violência em SP continua correndo solta: assaltos, mortes, seqüestros, tráfico de drogas, chacinas. Mas a Secretária de Segurança diz que está tudo sob controle (deve ser sob o controle dos bandidos), e os jornalões de SP ajudam a disfarçar, acobertando muitos crimes. A educação dispensa maiores comentários, conseguiu ser a pior do país. Mas são os 8 anos de FHC a real bandeira do PSDB: desemprego recorde, juros estratosféricos, privatizações escusas a preço de banana, muita propina, apagão, falências, falta de crédito, dívida externa crescendo e o FMI mandando e desmandando na economia. Arrochos e mais arrochos dos salários, salário mínimo digno de vergonha. Produção industrial, em queda, vendas em queda, exportações em queda, produção agrícola em queda. E o auge: um saldo de 54 milhões de miseráveis, gente vivendo abaixo da linha da pobreza, excluídos da sociedade, morrendo de fome, de doenças, sem nenhum auxílio do governo. Fazendas mantendo empregados em regime de escravidão, exploração do trabalho infantil, exploração da prostituição infantil, tudo isso sem que o governo FHC tomasse qualquer providência para coibir essas barbaridades. A corrupção correu livre, leve e solta, inclusive com a compra de votos de parlamentares para a maldita reeleição de FHC. Todas as operações feitas pela PF no governo Lula desbarataram quadrilhas que estavam atuando há cerca de dez anos, que surgiram e/ou cresceram no governo de FHC. Para terminar a bandeira do PSDB, podemos incluir o mensalão tucano, para representar a ética no partido. O senador Azeredo, pai e mentor do valerioduto, desviou milhões das estatais mineiras para sua campanha e para campanha do PSDB, em 1998. Tudo devidamente comprovado, documentado, assinado por ele, com cheques comprovando as transações ilícitas. Azeredo continua no PSDB, continua senador e, pasmem, não vai ser cassado, não vai ser expulso do partido – ainda pode sair candidato a prefeito de BH. Bandeira do PSDB: corrupção, privatização, desemprego, caos econômico e social.
Jussara Seixas
Jussara Seixas
