07 janeiro 2008


"Café com o Presidente" de 2008"
Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre as medidas para compensar o fim da CPMF e a conseqüente perda de R$ 40 bilhões na arrecadação. O presidente alertou que o Brasil terá de fazer cortes "na veia" e também comentou o pacote fiscal anunciado na última semana, com aumento de impostos como a IOF (imposto sobre operações financeiras)."Nós resolvemos com muita seriedade e com muita tranqüilidade, primeiro, anunciar ao Brasil que nós temos que cortar na veia outra vez, ou seja, temos que cortar os gastos. Isso vale para o Poder Executivo, vale para o Poder Judiciário e vale para o Poder Legislativo", disse, para em seguida comentar o o aumento da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido), paga por instituições financeiras. "Nós aumentamos de 9% para 15% e os banqueiros não reclamaram. E não reclamaram por quê? Porque os bancos tiveram muito lucro nesses últimos anos. Agora, os bancos estão ganhando eles vão poder pagar um pouco mais. E nós resolvemos, então, taxar o lucro líquido desses bancos."
O presidente reafirmou que os programas sociais serão mantidos, e fez as contas de como a perda dos R$ 40 bilhões será compensada. "O que é que nós estamos prevendo? Tanto o IOF quanto a contribuição dos bancos vão nos dar por volta de R$ 10 bilhões. Com mais R$ 20 bilhões que nós vamos cortar do orçamento chegamos a R$ 30 bilhões. Os outros R$ 10 bilhões nós achamos que com o crescimento economia, com mais gente pagando imposto, com modernização da receita, a gente vai poder arrecadar", afirmou. No fim do programa, o presidente falou sobre a educação no Brasil, e disse que o país está passando por uma "revolução silenciosa". "Fizemos um acordo com as telefônicas e elas assumiram o compromisso de colocar, até 2010, 55 mil escolas públicas com banda larga gratuitamente. O governo assume a responsabilidade de fazer o resto. Quando nós tivermos com todas as escolas públicas brasileiras com banda larga, com laboratório de informática, nós estaremos fazendo uma revolução silenciosa, que vai colocar o Brasil entre os países mais importantes do mundo", concluiu.