27/07/2006 - 15:38 CPMI: fatos derrubam acusações da oposição, dizem petistas
Deputados petistas criticaram nesta quinta-feira a tentativa da oposição de responsabilizar o governo Lula pelo esquema de compra superfaturada de ambulâncias e destacaram a importância das investigações da CGU (Controladoria Geral da União), que comprovam que o esquema é antigo e teve início na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O levantamento da CGU, divulgado nesta quarta-feira, revelou que a atuação da Planam, empresa acusada de ser a responsável pelo esquema de fraudes, foi maior nos últimos três anos do governo FHC.
Para o deputado Paulo Rubem Santiago (PT-PE), os dados da CGU derrubam as acusações da oposição e de diversos setores da imprensa, que vem tentado responsabilizar o governo Lula pelo escândalo desde o início das investigações da CPI. Segundo ele, “o que se assiste hoje é a desmontagem de esquemas de corrupção jamais vistos no Brasil”. A maior prova, afirmou, é que o relatório da CGU comprova que o esquema de compra superfaturada de ambulâncias começou em 2000, durante a gestão tucana.
De acordo com o parlamentar, a política de investigação estabelecida no atual governo é muito superior a todas as demais gestões. “Querem responsabilizar a gestão petista dizendo que esse esquema surgiu agora. Isso já existia a muito tempo e só não havia sido descoberta ainda em função da conivência e da impunidade”, disse.
Na avaliação do deputado Carlos Abicalil (PT-MT), o relatório da CGU não apenas comprova os indícios de irregularidades na gestão tucana, como demostra o interesse do governo Lula em desmontar qualquer tipo de esquema de corrupção no Brasil. “As investigações da CGU demostram claramente o surgimento do esquema desde 2000 e ainda apontam para a possibilidade de a operação de desvio ter começado ainda em 1998”, disse.
Abicalil lembrou que a comprovação da existência da fraude compreende toda a gestão de José Serra à frente do Ministério da Saúde e que o momento de maior intensidade do esquema ocorreu exatamente no período em que Serra deixava o ministério e concorria à presidência da República. “É interessante observar que o período mais agudo da “operação sanguessuga” foi em 2002, quando Serra era candidato à presidência”, lembrou.
O parlamentar destacou também a incidência majoritária de prefeituras do PFL, PSDB e PMDB contempladas com os convênios da Planam e criticou o comportamento de alguns membros da CPMI, que, segundo ele, mesmo tendo feito parte da gestão que deu origem ao esquema, “se pronunciam como se o feito tivesse sido gerado na gestão petista”.
ImprensaO deputado Carlito Merss (PT-SC) criticou a atuação da mídia na cobertura das investigações da CPMI e disse que dificilmente as revistas que cobrem assuntos políticos como a revista Veja, darão visibilidade ao caso. “Espero que a mídia, especialmente a revista Veja, publique esse relatório na capa da edição desta semana, como sempre fazem quando algo envolve o presidente Lula”, disse.
Agência Informes (www.informes.org.br)