A Verdadeira Face da Violência
Por Antonio Caetano
Na última terça-feira (dia 07) um grupo de irresponsáveis pertencentes à sigla MLST invadiu a sede da Câmara dos Deputados e promoveu atos de vandalismo divulgados por todos os meios de comunicação, tendo sido prontamente presos pela Presidente da Casa, o Deputado Aldo Rebelo.
Os lideres da oposição e setores da imprensa não perderam tempo em tentar, a todo momento, vincular a ação do grupo ao PT e até mesmo ao Presidente da República.
O cada vez mais remoto presidenciável tucano, Geraldo Alckmin, não exitou em dizer que a culpa pela invasão da Camara dos Deputados é do Presidente Lula.
O Senador Antonio Carlos Magalhães, foi mais longe. Ainda na manhã de terça-feira, Malvadesa subiu à Tribuna do Senado e, ao seu estilo, conclamou os Comandantes das Forças Armadas a não se sujeitarem a um “suberversivo” nem deixarem que o Brasil se transforme em uma “República Sindical”.
O jornalista Alexandre Garcia, no Bom Dia Brasil, da Rede Globo, disse que o ato de vandalismo na Câmara dos Deputados lembra fato ocorrido em 1989, quando, segundo ele, petistas teriam seqüestrado Abílio Diniz.
Quanto a ACM, não há dúvida de que o “subersivo” é ele mesmo que, diante da possibilidade de que o conservador de plantaõ perca nas urnas as próximas eleições, prega abertamente um Golpe Militar, a força das armas, com a subversão da ordem pública.
O jornalista Alexandre Garcia, por sua vez, deveria saber que o fato de um sequestrador está usando uma camiseta não o identifica, necessariamente, com o que nela há estampado, até porque quanto ao sequestro do empresário Abílio Diniz, restou provado, à época, que o sequestrador não tinha nenhuma relação com o PT.
Outra coisa que Alexandre Garcia, generosamente desconsiodera é que na algazarra da Câmara Federal havia pessoas ligadas a diversos partidos, como o Psol, o PSTU e outros, ou seja, não foi provimovido por petistas e mesmo que fosse não agiam em nome, nem com a conivência do PT e, muito menos, do Presidente da República.
Cabe lembrar que se há alguma ligação entre o Presidente Lula e os Movimento sociais, ela é totalmente inversa dessa que a elite brasileira tenta atribuir-lhe.
O Presidente Lula e o próprio PT, ao londo dos últimos 26 anos, atuaram como um instrumento de pacificação social. Não fosse o PT, que mostrou ao povo brasileiro a disputa pelo poder através do processo político democrático, talvez nosso país estivesse em condições semelhantes à de nossos vizinhos, como a Colômbia, que vive em lutas de guerrilhas, Venezuela, Bolívia e outros, onde impera o clima de instabilidade política.
O pesquisador Marcos Coimbra, diretor Vox Populi, em recente entrevista à Carta Capital, afirmou que o PT “Foi o partido que assegurou essa possibilidade de incorporação maciça do eleitor, nessas condições perturbadoras de desequilíbrio entre educação e renda. O PT foi a existência de uma possibilidade de mudar dentro da ordem, pelo caminho da política.”.
E isso é óbvio, a quem for medianamente sensato, pois o Presidente Lula, em vez de pregar revoluções como outros líderes de esquerda da América Latina, optou, desde a redemocratização do Brasil, pelo caminho do diálogo, do processo político democrático e, por isso perdeu três eleições seguidas.
A elite brasileira deveria agradecer pela pepel que Lula exerce na Democracia brasileira, pois sem ele nosso processo político nós últimos 20 anos não teria sido tão suave. Os oprimidos não teriam tido tanta paciência sem uma liderança da grandeza e da simbologia que tem o Presidente Lula.
As derrotas de Lula nas eleições de 1989, 1994 e 1998 são uma prova de que ele e o PT optaram pela ordem e pelo processo democracia, não pela violência