Antonio Fernando de Souza afirma que não há referências contra o presidente e que Ministério Público não servirá a interesses partidários
Procurador-geral diz que Lula não estará no inquérito do mensalão
SILVANA DE FREITASDA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, disse ontem que manterá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva excluído do inquérito criminal do mensalão por falta de indícios contra ele, afirmou que quem acusa Lula "está fazendo uma leitura política" e anunciou que o Ministério Público não servirá a interesses partidários."São quilos de documentos e montanhas de depoimentos, mas não há nenhuma referência a ele", disse. "Quem investiga tem de ter pelo menos uma referência. Você não pode inventar. Eu tenho de ter muito cuidado porque o Ministério Público não tem interesse partidário nem político."Souza afirmou que tem feito esse alerta a deputados e senadores que o procuram para pedir a adoção de providências no inquérito criminal do mensalão, que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal), sob o seu comando."Quando os parlamentares vão lá [na sede da Procuradoria Geral], eu digo que não vão ter uma solução política dentro do Ministério Publico. Também não se pode resolver a questão política no STF. Solução política é no Congresso ou então na urna."