CAUTELA, DEFESA SIM, CENSURA NUNCA MAIS.
Pefelistas e Psdbista querem processar o autor da lista de Furnas, eles dizem que a lista é falsa, que é uma fraude. A PF está investigando a autenticidade da lista. Como todos tem direito a defesa, ao invés de querer processar o autor da lista eles tem que primeiro apresentar a defesa, como eles mesmo dizem não adianta falar que são honestos tem que provar que são honestos. Isso é muito simples, eles quebram seus sigilos bancários, telefônicos da época, mostrem para todo o Brasil que nunca receberam dinheiro de Furnas. Muito curioso nisso tudo é que somente o Roberto Jefferson tenha sido beneficiado, como ele mesmo declarou na PF, exatamente a quantia que consta na lista do Dimasduto. O jornalista Fernando Rodrigues, cujo o sonho é ser porta voz do Palácio do Planalto em um eventual governo do PSDB, Serra ou Alckmin, está denunciando blogueiros que divulgam a lista de Furnas, uma ação intimidatória, que nos faz lembrar os anos de chumbo. Fernando Rodrigues tem absoluta certeza que essa lista é falsa? E se ela for verdadeira com que cara ele vai ficar? Eu fico com a opinião do deputado Arlindo Chinaglia do PT, vamos aguardar as investigações da PF. Os políticos que se sentirem prejudicados, dizem que Serra ficou muito nervoso porque o nome dele consta na lista, provem que não receberam esse dinheiro do Dimasduto, quebrem seus sigilos bancários e telefônicos da época, eu não entendo porque isso é tão complicado para quem não nada a esconder.
Pefelista diz que quer processar autor de lista
O deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), líder da oposição, prometeu ir à Justiça contra o autor da listagem
Pefelista diz que quer processar autor de lista
O deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), líder da oposição, prometeu ir à Justiça contra o autor da listagem
Líder do governo diz que é preciso cautela sobre lista
O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) defendeu, ontem, cautela enquanto a Polícia Federal conclui as investigações sobre a legitimidade do documento que denuncia suposto esquema de caixa dois eleitoral, comandado a partir da estatal Furnas Centrais Elétricas, na gestão Fernando Henrique Cardoso. O documento diz que a partir de Furnas teria sido distribuído, em 2002, cerca de R$ 40 milhões a 156 políticos da base aliada do então presidente FHC, especialmente do PSDB e do PFL.
"Este documento está sendo investigado pela Polícia Federal, então não entendo porque alguns estão com preocupação em demasia. Vamos aguardar para saber da veracidade ou não do documento, para depois tirar qualquer conclusão", disse.
O líder do governo ressaltou que não se pode fazer acusações indevidas e, por isso, é melhor aguardar a conclusão das investigações. Ele lembrou que nem o PT e nem o governo vão agir como a oposição, que fez acusações indevidas. "Não vou fazer aquilo que tentaram fazer contra a gente, que é tirar conclusões apressadas, até porque não é necessário esta lista para que nós tenhamos também opiniões a respeito de PSDB e PFL. Não vamos repetir a atitude da oposição, que acusou, falou muito e não provou nada", salientou Chinaglia.
Assinatura de Dimas é reconhecida
RAPHAEL GOMIDEDA SUCURSAL DO RIO
A assinatura do ex-presidente e ex-diretor de Furnas Dimas Fabiano Toledo foi "reconhecida por semelhança" pelo 15º Ofício de Notas, no Rio, no documento intitulado "lista de Furnas", também autenticado em comparação com o original pelo 4º Ofício de Notas do Rio. Segundo Luiz Melo Serra, juiz-auxiliar da Corregedoria do Tribunal de Justiça, o reconhecimento de firma por cartório significa que, a princípio, a assinatura pertence a Dimas Toledo.Os dois cartórios confirmaram à Folha ter ratificado o documento, que reúne nomes de 156 políticos supostamente beneficiados pelo caixa dois da estatal na eleição de 2002, e está sob investigação da Polícia Federal sob suspeita de autenticidade. Dimas Toledo nega ter assinado a lista.Segundo o 15º Ofício, o delegado federal Pedro Alves Ribeiro esteve lá nesta semana para atestar se o selo IOI 056609 e a etiqueta de reconhecimento de firma haviam sido expedidas pelo cartório ou eram falsificadas. Foram emitidas em 5 de agosto de 2005.A PF também enviou representante, ao lado de funcionário da Receita Federal, ao 4º Ofício, com objetivo semelhante. O escrevente Fábio Guimarães Belo usou os selos da série DQO 51836 a 51840 para autenticar cinco páginas do documento no dia 22 de setembro do ano passado, confirmou o cartório. Furnas foi cliente mensalista do cartório, informou o tabelião Hamilton Barros.Os cartórios dizem só autenticar e reconhecer firmas de documentos originais, procedimento que dizem ter repetido neste caso. Não é avaliado o conteúdo do documento nem guardada cópia. O reconhecimento da assinatura de Dimas se deu pelo processo de "semelhança", não pelo de "autenticidade", que exige a presença do signatário. Neste caso, qualquer pessoa pode ter levado os papéis. O ex-dirigente de Furnas tem firma em ambos os cartórios.Os escreventes explicaram que quando há dúvida sobre a firma consultam outros colegas. A verificação é feita em tela de computador, onde o cartão com duas assinaturas está digitalizado. Uma operação como essa custa R$ 3,88."Não reconhecemos cópia, nem entramos no mérito de documento", explica o assessor jurídico do 4º, Antonio Pereira Leitão. O tabelião Hamilton Barros informou que procede da mesma forma. Para evitar fraudes, ele conta que oferece aos clientes até o serviço de fotocópia gratuito no cartório.O juiz-auxiliar da Corregedoria Luiz Melo Serra informou que vai fazer uma "averiguação interna" para identificar eventuais falhas cartorárias. Ele diz, porém, que os dois cartórios são "muito grandes, tem pessoal qualificado e notários ciosos de suas atividades".