02 fevereiro 2006

AGORA VAI, VAI SER IMPERDÍVEL ASSISTIR ESSE DEPOIMENTO.


02/02/2006 - CPI deve convocar lobista para falar sobre lista de Furnas
Depois da confirmação pelo ex-deputado Roberto Jefferson da veracidade de parte da lista de contribuições de caixa dois de Furnas, o presidente da CPI dos Correios, Delcídio Amaral (PT-MS), afirmou que pedirá aos relatores da comissão que agendem o depoimento do lobista mineiro Nilton Monteiro.
Na lista, constam o nome de 156 políticos - a maioria (82) do PSDB e do PFL - que teriam recebido dinheiro de Furnas na campanha de 2002. Os apontados pertenciam à base de sustentação do então presidente Fernando Henrique cardoso.
O surgimento da lista e a confirmação por parte de Jefferson deixaram em suspenso a votação dos requerimentos de convocação do publicitário Duda Mendonça e de Dimas Toledo.Delcídio afirmou que vai propor para o relator e os sub-relatores negociarem entre si uma data. A proposta, no entanto, pode ser recebida com resistência, já que o nome de um dos sub-relatores conta da lista que está em poder da PF. Vários outros integrantes da CPMI também aparecem como beneficiados.
Monteiro é apontado como o responsável por entregar à Polícia Federal a lista, assinada pelo ex-diretor de Furnas Dimas Toledo com a relação de políticos que teriam recebido recursos não-contabilizados em 2002 por intermédio da estatal. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Monteiro afirmou que enviou uma carta à CPI na qual pediu para ser ouvido sobre as acusações de caixa dois na campanha do PSDB mineiro em 1998, quando o então governador Eduardo Azeredo concorreu à reeleição.Também disse que poderá falar sobre o suposto esquema de caixa dois na estatal de energia Furnas. Na última sexta-feira, Delcídio havia indicado não ter a intenção de tomar o depoimento de Monteiro. Na ocasião, o senador afirmou que o lobista é "pessoa muito polêmica".Até o momento, a Polícia Federal trata a relação como uma informação e busca dados que comprovem a credibilidade da lista. Os delegados buscam o documento original, já que o entregue é apenas uma cópia, e pretendem analisar o contrato das empresas fornecedoras apontadas como fonte de recursos com a estatal. Também podem ouvir depoimentos dos políticos listados.
Com informações da Folha Online.
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