28/11/2005 - IBGE: Desigualdades diminuem no governo Lula
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio (Pnad), divulgada na sexta-feira (25) pelo IBGE, mostrou que, no segundo ano do governo Lula, o país teve uma forte redução da desigualdade de renda entre os trabalhadores, com maior número de postos de trabalho formal. Pela primeira vez desde 1997 a renda do trabalhador parou de cair. Em 2004, a taxa média de desemprego no país caiu de 9,7%, índice de 2003, para 9%, a menor em seis anos, com o maior nível de ocupação em uma década.
O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), considerou os dados muito significativos. Ele lembrou que o levantamento do PNAD é mais abrangente do que o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), uma vez que envolve os empregos formais e informais. A estimativa do ex-ministro do Trabalho é de que, até o final do ano, se chegue a 6 milhões de empregos novos no país.
Para Berzoini, os dados mostram que houve reversão tanto da queda da renda quanto do emprego no país. Ele analisou ainda que, em dois anos, houve um aumento de 10% no nível de emprego, mesmo com um quadro de dificuldades encontrado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, quando tomou posse na Presidência da República.
Confirmação de expectativa
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, os dados confirmaram as estatísticas sobre a geração de empregos no governo do presidente Lula.
Na cerimônia de abertura da 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, neste final de semana em Brasília, ele destacou que a Pnad reafirma todos os números que o Caged tem demonstrado.
A pesquisa revela que o mercado absorveu 2,7 milhões de novos trabalhadores em 2004 – um crescimento de 3,3% em relação ao ano anterior, quando a expansão foi de 1,2 milhão de pessoas.
De acordo com o estudo, o nível de ocupação no ano passado superou todos os registrados de 1996 a 2003, embora ainda não tenha retornado ao patamar da primeira metade dos anos 90.
A pesquisa também mostrou que em 2004 aumentou em 6,6% o número de empregados com carteira assinada. E o de trabalhadores por conta própria cresceu 6%. No período, a indústria de transformação registrou o aumento mais expressivo (11,6%) de empregados com carteira assinada.
Distribuição de renda
Marinho afirmou que o resultado da Pnad-2004 indica o início de um processo de distribuição de renda no país. Segundo ele, o maior equilíbrio nas remunerações pode ser notado a partir dos dados do estudo, que mostram que os maiores salários baixaram, e os menores, aumentaram.
"Existe um processo de retomada da valorização real dos baixos salários. Se você lembrar em janeiro de 2003 o preço do cimento, do arroz, do feijão, do gás, nós vamos chegar à conclusão de que os baixos salários tiveram, de fato, um ganho no poder de compra", disse. E destacou que o impulso dado ao crescimento dos menores salários ocorreu devido ao aumento do salário mínimo.
Sobre a proposta do relator do Orçamento 2006, deputado Carlito Merss (PT-SC), de aumentar o salário mínimo para R$ 340, o ministro disse que esse seria "um ponto de partida muito interessante".
O ministro ressaltou, no entanto, que uma política de valorização do salário mínimo em longo prazo é mais importante do que a discussão do valor.
Segundo ele, em 2006 o governo deverá propor uma nova política de reajuste, com abrangência maior que a de um mandato presidencial. "Nós pretendemos oferecer ao Congresso Nacional, até março ou abril, um Projeto de Lei estabelecendo essa política", afirmou.
Leia mais:
PNAD: Nível de emprego é o maior desde 1996
PNAD: Miséria atinge nível mais baixo no país
PNAD: MEC destaca índice que mostra queda do analfabetismo no Nordeste
Veja os principais resultados da PNAD 2004:
1) RENDA: Redução da desigualdade
O rendimento médio manteve-se estável e a desigualdade da renda do trabalho reduziu, com o índice de Gini passando de 0,563 (2002) para 0,547 (2004).
A participação na renda dos 50% mais pobres cresceu entre 2002 a 2004: passou de 14,4% da renda para 15,2% da renda total.
Já os 5% mais ricos da população tiveram redução de 33,8% para 32,5% da renda total, entre 2002 e 2004.
A desigualdade da renda diminuiu na região Norte (área urbana), Sudeste e Sul. No Centro-Oeste e no Nordeste caiu em relação a 2002, mas se manteve estável em relação a 2003.
2) TRABALHO: aumento de ocupação
Aumentou o número de ocupados em 3,8 milhões de trabalhadores de 2002 a 2004, atingindo o maior nível de ocupação desde 1996.
O nível de ocupação das mulheres foi o mais alto desde 1992
Quase 2,5 milhões de empregados com carteira assinada, resultando em maior contribuição previdenciária
A taxa de desocupação caiu no Brasil de 9,2% para 9,0%. Houve queda em todas as regiões, com exceção do Nordeste.
3) EDUCAÇÃO: indicadores apresentam de 2002 a 2004;
Taxa de analfabetismo das pessoas acima de 15 anos caiu de 11,8%, em 2002, para 11,2% em 2004.
Aumenta o número de anos médio de estudo em todas faixas de idade
4) MELHORA NAS CONDIÇÕES DE VIDA
Destaque para o acréscimo do número de domicílios com telefone fixo e celulares (61,7% para 66,1%), microcomputador (14,2% a 16,6%) e acesso à internet (10.3 a 12.4%), de 2002 a 2004.
O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), considerou os dados muito significativos. Ele lembrou que o levantamento do PNAD é mais abrangente do que o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), uma vez que envolve os empregos formais e informais. A estimativa do ex-ministro do Trabalho é de que, até o final do ano, se chegue a 6 milhões de empregos novos no país.
Para Berzoini, os dados mostram que houve reversão tanto da queda da renda quanto do emprego no país. Ele analisou ainda que, em dois anos, houve um aumento de 10% no nível de emprego, mesmo com um quadro de dificuldades encontrado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, quando tomou posse na Presidência da República.
Confirmação de expectativa
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, os dados confirmaram as estatísticas sobre a geração de empregos no governo do presidente Lula.
Na cerimônia de abertura da 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, neste final de semana em Brasília, ele destacou que a Pnad reafirma todos os números que o Caged tem demonstrado.
A pesquisa revela que o mercado absorveu 2,7 milhões de novos trabalhadores em 2004 – um crescimento de 3,3% em relação ao ano anterior, quando a expansão foi de 1,2 milhão de pessoas.
De acordo com o estudo, o nível de ocupação no ano passado superou todos os registrados de 1996 a 2003, embora ainda não tenha retornado ao patamar da primeira metade dos anos 90.
A pesquisa também mostrou que em 2004 aumentou em 6,6% o número de empregados com carteira assinada. E o de trabalhadores por conta própria cresceu 6%. No período, a indústria de transformação registrou o aumento mais expressivo (11,6%) de empregados com carteira assinada.
Distribuição de renda
Marinho afirmou que o resultado da Pnad-2004 indica o início de um processo de distribuição de renda no país. Segundo ele, o maior equilíbrio nas remunerações pode ser notado a partir dos dados do estudo, que mostram que os maiores salários baixaram, e os menores, aumentaram.
"Existe um processo de retomada da valorização real dos baixos salários. Se você lembrar em janeiro de 2003 o preço do cimento, do arroz, do feijão, do gás, nós vamos chegar à conclusão de que os baixos salários tiveram, de fato, um ganho no poder de compra", disse. E destacou que o impulso dado ao crescimento dos menores salários ocorreu devido ao aumento do salário mínimo.
Sobre a proposta do relator do Orçamento 2006, deputado Carlito Merss (PT-SC), de aumentar o salário mínimo para R$ 340, o ministro disse que esse seria "um ponto de partida muito interessante".
O ministro ressaltou, no entanto, que uma política de valorização do salário mínimo em longo prazo é mais importante do que a discussão do valor.
Segundo ele, em 2006 o governo deverá propor uma nova política de reajuste, com abrangência maior que a de um mandato presidencial. "Nós pretendemos oferecer ao Congresso Nacional, até março ou abril, um Projeto de Lei estabelecendo essa política", afirmou.
Leia mais:
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PNAD: Miséria atinge nível mais baixo no país
PNAD: MEC destaca índice que mostra queda do analfabetismo no Nordeste
Veja os principais resultados da PNAD 2004:
1) RENDA: Redução da desigualdade
O rendimento médio manteve-se estável e a desigualdade da renda do trabalho reduziu, com o índice de Gini passando de 0,563 (2002) para 0,547 (2004).
A participação na renda dos 50% mais pobres cresceu entre 2002 a 2004: passou de 14,4% da renda para 15,2% da renda total.
Já os 5% mais ricos da população tiveram redução de 33,8% para 32,5% da renda total, entre 2002 e 2004.
A desigualdade da renda diminuiu na região Norte (área urbana), Sudeste e Sul. No Centro-Oeste e no Nordeste caiu em relação a 2002, mas se manteve estável em relação a 2003.
2) TRABALHO: aumento de ocupação
Aumentou o número de ocupados em 3,8 milhões de trabalhadores de 2002 a 2004, atingindo o maior nível de ocupação desde 1996.
O nível de ocupação das mulheres foi o mais alto desde 1992
Quase 2,5 milhões de empregados com carteira assinada, resultando em maior contribuição previdenciária
A taxa de desocupação caiu no Brasil de 9,2% para 9,0%. Houve queda em todas as regiões, com exceção do Nordeste.
3) EDUCAÇÃO: indicadores apresentam de 2002 a 2004;
Taxa de analfabetismo das pessoas acima de 15 anos caiu de 11,8%, em 2002, para 11,2% em 2004.
Aumenta o número de anos médio de estudo em todas faixas de idade
4) MELHORA NAS CONDIÇÕES DE VIDA
Destaque para o acréscimo do número de domicílios com telefone fixo e celulares (61,7% para 66,1%), microcomputador (14,2% a 16,6%) e acesso à internet (10.3 a 12.4%), de 2002 a 2004.