Doutor Rosinha denuncia “bancada da bala”
Cinco deputados federais que integram a frente parlamentar pró-armas receberam, nas eleições de 2002, doações de fabricantes de armamentos e munições. No total, estes deputados, responsáveis por campanha contrária ao desarmamento, receberam R$ 170 mil do setor. O levantamento foi realizado pelo gabinete do deputado Doutor Rosinha (PT-PR) junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
No próximo dia 23 de outubro, os eleitores brasileiros irão às urnas responder à pergunta: "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?"
Denominada "Frente Parlamentar Pelo Direito à Legítima Defesa", a frente pró-armas — também conhecida como "bancada da bala" — é presidida pelo deputado Alberto Fraga (PFL-DF).
Em 2002, o pefelista recebeu uma doação de R$ 60 mil da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos). A doação equivale a 63,6% do total de gastos da campanha de Fraga. A prestação de contas do deputado pefelista junto ao TSE registra um total de doações da ordem de R$ 94,4 mil.
Outro integrante da frente pró-armas que recebeu verbas da CBC é Josias Quintal (PMDB-RJ), ex-secretário estadual de Segurança Pública. Foram R$ 40 mil, segundo dados do TSE.
A Taurus, por sua vez, fez doações a dois outros membros da frente parlamentar: os gaúchos Pompeu de Mattos (PDT) e Enio Bacci (PDT). Receberam R$ 10 mil cada.
O quinto membro beneficiado é o deputado Luiz Antonio Fleury Filho (PTB-SP). O ex-governador paulista (1991-94), em cuja gestão 111 presos do Carandiru foram mortos pela PM, recebeu R$ 50 mil da empresa Enguia, geradora de energia que integra a holding da qual também faz parte a CBC, o Grupo Arbi.
"Esses dados revelam, mais uma vez, que o financiamento privado de campanha implica cobrança de posições políticas por parte das empresas", avalia o deputado Doutor Rosinha.
Informes (www.informes.org.br)
Veja quem está apoiando o desarmamento.....