04 junho 2014

Prato forte de Dilma, emprego formal cresce

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Com crescimento de 1,6% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, empregos formais aumentam em 1,8 milhão em relação ao mesmo período do ano passado; entretanto, número final de 91,2 milhões pessoas ocupadas com carteira assinada é inferior em 600 mil ao resultado do último trimestre de 2013; oposição pode usar esse dado, mas comparação histórica com resultados do governo tucano de FHC mostra que índice de trabalho formal cresceu 56,3% desde 2002; peça de resistência da presidente Dilma Rousseff

247 – Um dos temas que integram o centro do debate eleitoral – e peça de resistência na estratégia de reeleição da presidente Dilma Rousseff -, o emprego com carteira assinada avançou mais uma vez para o centro da cena. O IBGE divulgou nesta terça-feira 3 uma elevação no desemprego, que subiu para 7,1%, mas há outra estatística que mantém a margem de conforto para o governo: a taxa de carteiras de trabalho assinadas na sociedade.
Com aumento de 1,6 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2013, a gestão da presidente contabiliza 91,2 milhões de trabalhadores inseridos no mercado formal no primeiro semestre. Trata-se de 1,8 milhão a mais do que no mesmo período do ano passado, mas 600 mil a menos do que no último trimestre de 2013.
Apesar da oscilação negativa de agora, a comparação histórica ainda é muito favorável para a presidente Dilma. A série histórica de medição das carteiras assinadas começou em março de 2003. Desde então, o índice subiu impressionantes 56,3%, ou cerca de 40 milhões de vagas formais, contra um aumento de 26,2% na população ocupada.
Como antídoto para as projeções de diminuição na criação de vagas de trabalho para os próximos meses, contra as quais o governo vai emitindo medidas de incentivo a diferentes setores da economia, o cotejamento histórico continua nos planos dos marqueteiros da presidente.
Abaixo, notícia da Agência Brasil a respeito dos últimos dados do emprego no Brasil:
Número de trabalhadores com carteira assinada cresce 1,6 ponto percentual
Nielmar de Oliveira - No primeiro trimestre deste ano, 77,7% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada, o que representa avanço de 1,6 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2013. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 31,4% tinham carteira de trabalho assinada, um quadro que não se alterou no ano.
Os dados constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, divulgada hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números indicam que, enquanto o Sul e o Sudeste têm os maiores percentuais de trabalhadores com carteira assinada, as regiões Norte e Nordeste detêm os maiores percentuais de trabalhadores autônomos. O Nordeste continua na liderança como o estado com maior percentual de pessoas fora do mercado de trabalho: 43,1%.
O percentual de pessoas com carteira assinada na região Sudeste passou de 81,2% para 83,1% da população economicamente ativa (PEA), entre 2013 e 2014; enquanto no Sul variou de 83,4% para 85% - o maior percentual do país. No Norte, este percentual passou de 63,7% para 64,6%; no Nordeste de 61,1% para 62,8%; e na Região Centro-Oeste de 76,4% para 76,9%.
Os dados da pesquisa indicam que o país contava, no encerramento do 1º trimestre do ano, com 91,2 milhões de pessoas ocupadas - cerca de 600 mil a menos do que o total de pessoas ocupadas no encerramento do 4º trimestre do ano passado (9,1 milhões); mas 1,8 milhão de trabalhadores a mais do que no 1º trimestre de 2013.
Indicam ainda que no 1º trimestre deste ano o número de desocupados era 7,8 milhões de pessoas, o equivalente a 7,1% da PEA. O número é superior às 6,1 milhões de pessoas desocupadas no encerramento do 4º trimestre do ano passado (6,2% da PEA); mas superior a taxa de desocupação do 1º trimestre de 2013, de 7,8 milhões de trabalhadores (8% da PEA).
A pesquisa constatou que no 1º trimestre de 2014, a população ocupada era composta por 70,1% de empregados, 4,1% de empregadores, 23% de trabalhadores por conta própria e 2,9% de trabalhadores familiares auxiliares. "Ao longo da série histórica, essa composição não se alterou significativamente", informa o IBGE.
Segundo o órgão, todas as regiões mostram diferenças entre os níveis de ocupação para homens e mulheres. No 1º trimestre de 2014, o nível da ocupação foi estimado em 68,3% para os homens e 46,2% para as mulheres.