23 agosto 2014

Dilma faz comício contra "arrochadores" no Sul

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Ao lado de lideranças do PT no Rio Grande do Sul, como Olívio Dutra, que concorre ao Senado, a presidente Dilma Rousseff fez um duro discurso contra os que pregam ajuste mais forte da economia e das contas públicas; "Aqui, neste comício, não estão aqueles que ficam azarando, que fazem olho gordo para o governo e para o país. Aqui não estão aqueles que se ajoelharam e quebraram o país por três vezes. Aqui os pessimistas não têm vez. Agora, somos aqueles que vão vencer o pessimismo, a desinformação e as inverdades. Quem vai vencer é a verdade, e sabem por quê? Porque nós temos o que mostrar", disse ela


RS 247 – Num comício que reuniu 5 mil cinco mil pessoas em Porto Alegre (RS), a presidente Dilma Rousseff bateu duro nos adversários que pregam um ajuste maior na economia e nas contas públicas, nomeando seus oponentes como "desempregadores" e "arrochadores de salários". 
"Aqui, neste comício, não estão aqueles que ficam azarando, que fazem olho gordo para o governo e para o país. Aqui não estão aqueles que se ajoelharam e quebraram o país por três vezes. Aqui os pessimistas não têm vez. Agora, somos aqueles que vão vencer o pessimismo, a desinformação e as inverdades. Quem vai vencer é a verdade, e sabem por quê? Porque nós temos o que mostrar", disse ela.
Era um recado claro para o tucano Aécio Neves, que tem pregado maior ajuste fiscal, com corte nas despesas públicas, e também Marina Silva, cuja coordenadora de programa de governo, a banqueira Neca Setúbal, tem como bandeira a redução da meta de inflação. Segundo Dilma, quem fala em reduzir a meta de inflação esconde o desejo de também cortar programas sociais. "Sem isso, a conta não fecha", afirma.
Antes da fala em Porto Alegre, Dilma esteve também em Novo Hamburgo (RS), onde inaugurou uma estação de metrô. Lá, ela afirmou que não irá acabar com o fator previdenciário, um mecanismo que reduz o valor de aposentadorias e que foi criado em 1999, no governo FHC.
"Todo mundo, para ser presidente da República, tem a obrigação e a responsabilidade de explicar para a população que não está fazendo demagogia. Tem que explicar: se acabar, como é que paga? Como é que fica a conta pública?", questionou.
Ou seja: ao mesmo tempo em que se posicionou contra os "arrochadores", ela também se colocou ao lado da responsabilidade fiscal na questão do fator previdenciário.