Relator José Jorge aceitou o argumento apresentado
pela presidente Dilma Rousseff e defende que os conselheiros da
Petrobras na época não sejam responsabilizados pelas irregularidades da
compra da refinaria dos EUA; em contrapartida, ele sugere a punição de
diretores da estatal, estimando um prejuízo de cerca de US$ 700 milhões
(R$ 1,5 bilhão); relatório será votado nesta quarta-feira pelo plenário
do tribunal
247 – O ministro José Jorge, relator do processo
no TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a compra da refinaria de
Pasadena (EUA) pela Petrobras, defende que os conselheiros da empresa na
época, entre eles a hoje presidente Dilma Rousseff, não sejam
responsabilizados pelas irregularidades do caso.
O relatório, que deve ser votado nesta quarta-feira (23) pelo
plenário do tribunal, sugere a punição de diretores da estatal,
estimando um prejuízo de cerca de US$ 700 milhões (R$ 1,5 bilhão). Entre
eles, estão os ex-diretores da área internacional Nestor Cerveró e de
abastecimento Paulo Roberto Costa, preso em uma operação da Polícia
Federal sob a suspeita de esquema de lavagem de dinheiro com o doleiro
Alberto Youssef.
José Jorge aceitou o argumento apresentado pela presidente Dilma de
que os conselheiros nos anos de 2006 e 2007 não foram informados pela
diretoria de algumas cláusulas da compra.
Se a proposta do relator for aprovada, a presidente e outras nove
pessoas (entre elas seis ministros e ex-ministros), que participaram das
reuniões como conselheiros aprovando as transações, ficam isentas de
punição.