"O que é que justifica essa hipótese do tarifaço?
Significa a determinação em criar expectativa negativa no momento
pré-eleitoral", disse a presidente Dilma Rousseff durtante evento na
Confederação Nacional da Indústria (CNI); ela acusou os que levantam
essa ideia de tentar criar pessimismo para prejudicar a economia; Dilma
também afirmou que a "profecia" de que haveria racionamento de energia
não se concretizou e que não se concretizará
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff
negou nesta quarta-feira que realizará um "tarifaço" no setor de
energia caso seja reeleita em outubro e acusou os que levantam essa
hipótese de tentar criar pessimismo para prejudicar a economia
"O que é que justifica essa hipótese do tarifaço? Significa a
determinação em criar expectativa negativa no momento pré-eleitoral",
disse a presidente durtante evento na Confederação Nacional da Indústria
(CNI).
"Esse tarifaço é mais um movimento no sentido de instaurar o
pessimismo, expectativas negativas, comprometendo o crescimento do
país."
Os dois principais adversários de Dilma na eleição de outubro --Aécio
Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB)-- têm afirmado que haveria um
aumento significativo nas tarifas de energia elétrica após as eleições, o
que foi negado nesta quarta-feira pela presiente.
Tanto Aécio, quanto Campos, também discursaram a empresários na CNI nesta quarta.
Dilma também afirmou que a "profecia" de que haveria racionamento de energia não se concretizou e que não se concretizará.
REGULAÇÃO NA TELEFONIA
A presidente respondeu também perguntas de empresários sobre vários
assuntos e em uma de suas respostas disse que é "inexorável" uma
discussão do governo federal com as empresas de telecomunicações sobre o
modelo regulatório do setor de telefonia. Segundo a presidente, o
modelo atual é baseado na telefonia fixa, contrariando tendência da
indústria voltada cada vez mais para serviços móveis.
"Eu acho que essa é uma discussão que vai ocorrer no Brasil logo após
o processo eleitoral", disse Dilma, dando como exemplo a atual
obrigatoriedade das concessionárias de telefonia em instalar telefones
públicos nas cidades do país.
A presidente disse ainda que o governo vai priorizar a expansão da banda larga e a universalização do acesso à Internet.
Ela disse ter como meta para um eventual próximo governo criar
condições que permitam oferta de velocidades maiores de acesso à
Internet à população. "Eu luto por uma Internet que tenha condições de
chegar ao padrão da Coreia do Sul de 50 mega", disse a presidente.
(Por Nestor Rabello e Jeferson Ribeiro)