Procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
encontrou indícios de envolvimento dos secretários estaduais José Aníbal
(PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM) no cartel dos metrôs de São Paulo; por
isso, ele pediu ao ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que dê
prosseguimento às investigações em relação aos dois secretários, que são
deputados federais licenciados; sugeriu também que inquérito seja
desmembrado para que apenas as investigações relacionadas a Aníbal e
Garcia continuem no Supremo; será que o governador Geraldo Alckmin irá
manter seus dois secretários?
247 - O procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, encontrou indícios de envolvimento dos secretários estaduais José
Aníbal (PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM) no cartel dos metrôs de São Paulo.
Ele pediu ao ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal
(STF), que dê prosseguimento às investigações em relação aos dois
secretários, que são deputados federais licenciados. Sugeriu ainda ao
STF que desmembre o inquérito para que apenas as investigações
relacionadas a Aníbal e Garcia continuem no Supremo.
"Há fortes indícios de existência do esquema de pagamento de propina
pela Siemens a agentes públicos vinculados ao Metrô de São Paulo", disse
Janot no ofício enviado ao STF.
O procurador afirma que, por enquanto, não existem elementos que
autorizam a continuidade das apurações relacionadas ao deputado federal
Arnaldo Jardim (PPS), ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e ao
secretário Edson Aparecido (PSDB).
"Há atribuição de situações concretas e específicas em relação ao
deputado federal Rodrigo Garcia no depoimento do investigado
colaborador. Os detalhes dados, assim como a menção a encontro pessoal
entre ambos, autorizam, também, a colheita de maiores elementos contra
esse parlamentar", disse o procurador.
Além disso, Janot afirmou que "o colaborador apontou, ainda, indícios
de envolvimento do deputado federal José Aníbal, na medida em que
relata ter sido avisado que, com a saída de Rodrigo Garcia da
presidência da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo, deveria passar a tratar com o deputado José Aníbal,
que passara a ser responsável pelos contatos políticos e pagamentos de
propina".
O procurador ressaltou o fato de que Aníbal e Garcia foram
presidentes da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo. Em relação a Aloysio Nunes Ferreira, Arnaldo Jardim
e Edson Aparecido, Janot concluiu que, por enquanto, não existem
indícios. "Esse arquivamento não é impeditivo para que, caso surjam
elementos concretos da participação destes ou de outros parlamentares,
seja a investigação realizada, pois aí haverá justa causa para o seu
prosseguimento", afirmou.