Presidente irá conversar com o volante do Cruzeiro
Paulo César Nascimento, o Tinga, e Marcos Arouca da Silva, o santista
Arouca, além de representantes do movimento negro; Dilma Rousseff tem
feito ofensiva para promover uma Copa do Mundo combatendo o preconceito
Luana Lourenço – Repórter da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff vai receber nesta quinta-feira 13, no
Palácio do Planalto, representantes do movimento negro e dois jogadores
de futebol vítimas de preconceito racial. Irá conversar com o volante do
Cruzeiro Paulo César Nascimento, o Tinga, e Marcos Arouca da Silva, o
santista Arouca.
No domingo (9), pelo Twitter, Dilma lamentou os episódios de racismo
contra Arouca e o árbitro Márcio Chagas da Silva, que também foi vítima
de ofensas por ser negro. Antes, a presidenta havia manifestado
solidariedade a Tinga. "É inadmissível que o Brasil, a maior nação negra
fora da África, conviva com cenas de racismo", disse.
Dilma disse que o governo brasileiro, a Organização das Nações Unidas
(ONU) e a Federação Internacional de Futebol (Fifa) estão se
mobilizando para que a Copa do Mundo do Brasil sirva para combater o
preconceito. "Estou convidando líderes religiosos do mundo a enviarem
manifestações contra o racismo e pela paz", escreveu a presidenta em sua
conta pessoal no Twitter.
Arouca foi chamado de macaco por um torcedor, após uma partida pelo
Campeonato Paulista, em Mogi Mirim, no interior de São Paulo. O árbitro
Márcio Chagas da Silva também foi chamado de macaco e teve bananas
deixadas por torcedores em seu carro, depois de apitar a partida entre
Esportivo e Veranópolis, em Bento Gonçalves (RS). Tinga foi vítima de
racismo durante uma partida disputada no Peru pela Copa Libertadores da
América. Sempre que Tinga tocava na bola, a torcida peruana fazia sons
imitando macaco.