247 - A Prefitura apresenta nesta quinta (15) o
Mais Educação São Paulo, programa batizado em referência ao Ministério
da Educação, que visa a reorganização curricular e administrativa da
Rede Municipal de Ensino. Os conceitos da reformulação ficarão
disponíveis para consulta pública no site do programa até o dia 15 de
setembro para receber sugestões da população e passara a valer a partir
de 2014.
Entre os principais conceitos do novo plano está a divisão dos nove
anos do Ensino Fundamental em três ciclos: Ciclo de Alfabetização (1º ao
3º), Interdisciplinar (4º ao 6º) e Autoral (7º ao 9º). Atualmente, a
divisão é de apenas dois períodos, Fundamental I (1º ao 5º) e
Fundamental II (6º ao 9º). A medida suaviza a mudança entre os ciclos,
já que, ao invés de o aluno passar de uma única professora generalista
para uma série de especialistas de um ano para outro, a transição será
gradativa dentro dos ciclos.
No modelo atual existe a possibilidade de retenção do aluno por falta
de aprendizado apenas nos últimos anos dos dois ciclos (4º e 9º).
O novo programa propõe ainda a retenção não só no final de cada
ciclo, 3º, 6º e 9º ano, mas também no 7º e 8º anos caso o aluno não
apresente evolução. Em 2011, com o atual modelo, foi verificado que 38%
dos alunos chegaram ao 4º ano sem estarem plenamente alfabetizados.
"O objetivo não é aumentar a repetência, porque sabemos que a
indústria da repetência é tão perversa quanto a da aprovação automática.
Mas é o sentido de o professor e os próprios estudante organizarem a
passagem de nove anos de maneira que se tenha clareza do que se quer em
cada etapa do processo. Ao final do terceiro ano, a alfabetização plena.
No sexto e assim por diante. No sétimo, oitavo e nono anos eles entram
nas especialidades", afirma o prefeito Fernando Haddad.
Lições de casa, provas bimestrais e boletins voltam a ser
obrigatórios para toda a rede. Os alunos receberão notas de zero a dez,
enviadas aos pais, em casa, a cada dois meses. Volta também o sistema de
recuperação nas férias.
A meta prevê a inclusão de 100 mil estudantes no modelo até o fim de
2016. (Com informações da assessoria da Prefeitura de S. Paulo)