18 abril 2012

Dono de jornal é acusado de ter mandado matar Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André

Ronan Maria Pinto (foto), diretor-presidente do jornal Diário do Grande ABC, foi chamado de “bandido” e “matador” pelo advogado Calixto Antônio Júnior. O empresário nega envolvimento e afirma que irá à Justiça. Anderson Scardoelli, via Comunique-se Na última semana, o advogado Calixto Antônio Júnior acusou o diretor-presidente do Diário do Grande ABC, Ronan Maria Pinto, de ter envolvimento com o assassinato de Celso Daniel, então prefeito de Santo André (SP), em 2002. Segundo o advogado, o empresário mandou matar o político que era filiado ao PT. A declaração de Antônio Júnior contra o proprietário do Diário do Grande ABC foi feita durante seu depoimento à CPI da Câmara de Santo André que apura supostas irregularidades cometidas no Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa). Apesar do tema discutido pelos vereadores, o advogado continuou a criticar Ronan Maria. Além de relacioná-lo com a morte de Celso Daniel, o advogado afirmou que o executivo extorquiu prefeitos do ABC paulista, região composta por Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. “Bandido” e “matador” foram alguns termos usados por Antônio Júnior para definir o dono de jornal. Em matéria assinada por Fábio Martins, o Diário do Grande ABC ressalta que Ronan Maria não é réu no processo que investiga a morte de Celso Daniel. À reportagem de seu próprio jornal, o empresário informou que vai resolver a questão judicialmente. “Minha assessoria jurídica irá acioná-lo na Justiça”, disse sobre as acusações do advogado. Ronan Maria também disse que a equipe da publicação que comanda tem sofrido ameaças por parte de Antônio Júnior. O empresário de comunicação afirma que o advogado não aceitou as reportagens publicadas no Diário do Grande ABC. “O jornal não irá recuar por conta de intimidações. O interesse do leitor será respeitado.” Nota do Limpinho: Segundo informações que circulam no ABC paulista, Ronan é dono de seis empresas de ônibus e começou trabalhando para Constantino de Oliveira, dono da empresa aérea Gol. Ele montou um império. Ronan era alvo do Diário do Grande ABC após a morte do Celso Daniel. Então, ele foi lá e comprou o jornal. Assim, ele descobriu que mais legal do que evitar que o jornal falasse dele, ele ainda poderia usar o jornal para seus interesses.
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