Autor:
Luiz Seixas
O anticorintianismo tem sido, ao longo dos séculos, o refúgio dos desiludidos, o bálsamo dos lazarentos, o cigarro dos impotentes, a cachaça dos desafortunados.
O anticorintianismo é uma seita lúgubre que mantém mortos-vivos fora de seus túmulos, vagando insones em um mundo que não lhes pertence.
O anticorintiano é acima de tudo fraco, infeliz, carcomido pela inveja e dominado pelo rancor.
O anticorintiano não lê as páginas de esporte nem vê jogos de futebol.
Se for casado com uma corintiana, acaba corno.
Se for filho de corintianos, em geral odeia os irmãos, briga com o pai e bate na mãe.
A vida do anticorintiano é uma droga e sua única razão para manter-se vivo é o ódio que devota ao Corinthians.
Dá pena, mas não se pode tentar ajudar um anticorintiano porque ele trai, morde a mão que o afaga, cospe no prato em que come.
É melhor deixar o anticorintiano para lá, ao léu, enroscado como um cão raivoso.
Anticorintianos, peçam ao Criador para livrá-los dessa danação.
Consegui meus 15 minutos de fama, xingado pela maioria dos que comentaram esse desabafo que escrevi em 2009, depois de receber o enésimo e-mail de anticorintianos avacalhando meu time, paíxão há 64 anos, paixão de meu pai, que morreu em 2001, aos 87, paixão de meus filhos. Nada mais justo para encerrar o assunto que o comentário anterior ao meu, sobre a decisão de 1954. Maravilha. Um ânimo a mais nesse dia de decisão do Nacional. Mas o coração está pesado demais por causa da morte do Sócrates. Nunca apertei sua mão, mas era meu amigo. Nunca o vi pessoalmente, mas era meu irmão. Amei-o do fundo da alma. Vou amá-lo sempre. Hoje não ficarei contente se o Corinthians for campeão. Não vibrarei nem se ganharmos do Palmeiras. Se perdermos o título e o jogo, não dá para ficar mais triste do que estou. Hoje eu estou de luto.
Um grande abraço a todos os corintianos e a todos os que amam o futebol. Hoje perdemos um grande jogador e um exemplar magnífico da espécie humana.
Consegui meus 15 minutos de fama, xingado pela maioria dos que comentaram esse desabafo que escrevi em 2009, depois de receber o enésimo e-mail de anticorintianos avacalhando meu time, paíxão há 64 anos, paixão de meu pai, que morreu em 2001, aos 87, paixão de meus filhos. Nada mais justo para encerrar o assunto que o comentário anterior ao meu, sobre a decisão de 1954. Maravilha. Um ânimo a mais nesse dia de decisão do Nacional. Mas o coração está pesado demais por causa da morte do Sócrates. Nunca apertei sua mão, mas era meu amigo. Nunca o vi pessoalmente, mas era meu irmão. Amei-o do fundo da alma. Vou amá-lo sempre. Hoje não ficarei contente se o Corinthians for campeão. Não vibrarei nem se ganharmos do Palmeiras. Se perdermos o título e o jogo, não dá para ficar mais triste do que estou. Hoje eu estou de luto.
Um grande abraço a todos os corintianos e a todos os que amam o futebol. Hoje perdemos um grande jogador e um exemplar magnífico da espécie humana.