Nos anos 60, enquanto Dilma militava na esquerda brasileira, Luben foi perseguido pelo regime comunista búlgaro. Nos últimos anos, a presidente chegou a enviar dinheiro para ele e planejava um dia conhecê-lo, mas Luben suicidou-se em 2007, e ela acabou nunca o conhecendo. "Luben era uma pessoa muito modesta", disse Momchil Indjov, que trabalha no jornal Chasa 24, o principal do país. Ele entrevistou o meio-irmão de Dilma antes da sua morte. "Ele nunca ligou a qualquer jornal, a qualquer televisão, buscando dar entrevistas. Quando eu o encontrei, ele não falou muito. Ele era discreto, preferia ficar na sombra, como se diz aqui na Bulgária. Em seu comportamento, ele nunca procurou exibir que era irmão da Dilma."
“ Ao meu irmão Luben, unidos pelo sangue e separados pela história, um abraço da sua irmã Dilma Vana
Os jornais búlgaros destacaram que o túmulo de Luben estava abandonado, mas que na última semana as autoridades locais arrumaram o local, para a visita da presidenta. Segundo o Chasa 24, a presidenta enviou, antes da viagem, uma coroa de flores que foi depositada no local, com um recado em português:
"Ao meu irmão Luben, unidos pelo sangue e separados pela história, uma abraço da sua irmã Dilma Vana".
Em Gabrovo, há pouca memória de Petar.A casa onde ele nasceu e viveu foi demolida, por isso as autoridades municipais escolheram a escola Vasil Aprilov - onde ele estudou - como ponto de visita da presidente. Ela se encontrará com integrantes da comunidade e receberá uma árvore genealógica - um documento com três metros de cumprimento, com detalhes em inglês e búlgaro sobre dez gerações e 598 pessoas da sua família, desde 1735 até os dias de hoje.
Uma cópia do documento está no museu de História Regional, como parte de uma exposição especial sobre Dilma, que será visitada pela presidente nesta quinta-feira. A presidente deve também se encontrar com sua única familiar viva, Toshka Kovacheva, que foi casada com um de seus primos, já falecido. No final do dia, Dilma segue direto de Gabrovo para Ancara, na Turquia, o último país do seu giro internacional.
BBC Brasil
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