26 setembro 2011

Mesmo sob ataque incessante, Lula permanece nas alturas

Por LEN
O jornal Valor Econômico divulgou nessa semana uma matéria de Cristian Klein (leia na íntegra aqui) sobre uma pesquisa do Instituto Análise sobre as eleições de 2014. Algumas informações devem ter deixado alguns aquários em redações em estado de total desânimo, afinal elas mostram claramente, que apesar de todos os esforços em contrário, o ex-presidente Lula permanece com seu prestígio intacto e que as chances de emplacarem seus aliados nas próximas eleições presidenciais estão cada vez mais escassas.
Se as eleições fossem hoje, Dilma venceria Aécio facilmente por 57% a 18%. Já se o adversário de Aécio fosse Lula, o primeiro seria massacrado por humilhantes 76% a 11%. Curiosamente, não foram apresentados cenários com outros candidatos tucanos, pois se Aécio que é o mais cotado, perderia com essa vantagem esmagadora, imagino como se sairiam FHC, Serra e Alckmin. Infelizmente o terceiro cenário previsto pela pesquisa é um impossível Dilma X Lula, cujo resultado é irrelevante.

Apesar Lula reiterar que Dilma será candidata a reeleição e tem o seu apoio, a maioria da população prefere que ele seja o candidato em 2014. Cerca de 57% dos entrevistados gostaria que Dilma desistisse da reeleição em favor da candidatura de Lula. A aprovação do ex-presidente, que era de aproximadamente 80% quando estava no governo, chega agora a fantásticos 82% de bom e ótimo, o dobro do que Dilma tem no momento (41%).
Esses números comparativos são interessantes para a gente entender o motivo da estratégia dos veículos de comunicação no sentido de promover ataques contra Lula e tentar marcar falsas diferenças entre a forma que ele e Dilma enfrentam a corrupção. Naturalmente eles avaliaram que Lula seria imbatível e Dilma uma oponente mais fácil de ser batida. Ao mesmo tempo em que fazem elogios à Dilma para tentar escolher o adversário de 2014, fustigam o seu governo com a campanha do “mar de lama”. Só não contavam com duas coisas: os ataques contra Lula se mostrariam ineficientes e como boa massa fermentada, só cresce quando apanha e para seu completo desespero, mesmo o “poste” Dilma venceria tucanos com toda facilidade.
Vida dura essa de imprensa anti-Lula, depois de oito anos vendo suas tentativas de macular a imagem de Lula sendo frustradas e amargar pesquisas sucessivas com recordes de aprovação cada vez maiores, vislumbraram na sua saída do poder uma forma de destruir sua reputação, já que o ex-presidente, exímio comunicador, não teria a sua disposição o acesso ao contraditório, mas eis que depois de praticamente nove meses de ataques ininterruptos, com editoriais e analistas da velha mídia repetindo uníssonos mantras tentando associar a corrupção ao seu período de governo, Lula aparece com aprovação ainda maior e como pule de dez para qualquer eleição nesse país.
Lula é um fenômeno que deveria ser estudado mais profundamente. Com meus parcos conhecimentos, não tenho informação de qualquer outro ser político que tenha sofrido dos principais meios de comunicação do país tamanha perseguição por décadas, e ainda sim mantenha faixas de aprovação e popularidade tão impressionantes. Lula desafia as leis de Murdoch, seguidas como mandamentos pelas principais redações. Ele apavora a os barões da mídia porque não precisa de intermediários para se comunicar com o povo, por não ter medo de bater de frente, por não precisar se curvar.
Autor: não informado.
Este artigo foi escrito por LEN que é autor de 412 artigos no Ponto e Contraponto.