Durante um encontro promovido pela Comunidade de Brasileiros Residentes em Cuba, o ex-presidente Lula teve a oportunidade de trocar ideias e discutir desafios. Lula apresentou os dois objetivos principais do Instituto Lula, que promoverá a integração latino-americana e levará para a África, sem uma mentalidade colonizadora, propostas de políticas públicas que funcionam no Brasil, para que sejam adaptadas ao contexto africano, tratando de reparar a dívida histórica com o continente africano.
Os estudantes brasileiros de medicina bolsistas da Escola Latino-Americana de Medicina lhe deram as boas vindas com a leitura da Carta aberta ao Povo Brasileiro, documento aprovado no último Encontro Nacional dos futuros médicos em março desse ano, que propõe a sociedade brasileira, municípios, estados e universidades interessadas em interiorizar a assistência medica em construir um Plano Nacional de Inserção ao Sistema Único de Saúde (SUS) que permita a inserção de médicos formados no Brasil e no Exterior, e apresentaram uma carta de boas vindas, onde manifestam que o desejo de Lula de ter o diploma cubano revalidado no Brasil ainda não havia sido cumprido.
Lula defendeu o diálogo com o Conselho Federal de Medicina, argumentando ser necessário superar preconceitos para que possamos superar todos juntos o problema da saúde no Brasil. Ao ser convidado para ser padrinho da luta pela inserção dos médicos formados em Cuba no SUS, este disse que além de padrinho, ia ser um associado dessa luta, se comprometendo a ajudar a articular parcerias regionais no Brasil.
Leia abaixo a carte que foi entregue a Lula
Havana, 1º de junho de 2011
Ao Companheiro Luiz Inácio Lula da Silva
Nós, estudantes brasileiros de medicina em Cuba, agradecemos a visita do companheiro e compartilhamos esse momento de grande importância.
Originários das camadas mais baixas da sociedade brasileira, esses estudantes que hoje viemos representar aqui são o mais claro exemplo de solidariedade do povo cubano, do qual somos muitos agradecidos. Esses futuros médicos que quando se formarem irão servir ao povo brasileiro, onde há falta de médicos, especialmente, comprometidos com o Sistema Único de Saúde.
A Escola Latino-Americana de Medicina já formou, desde 2005, 9700 médicos para o mundo, destes 348 são brasileiros e 120 estão homologados, em pleno exercício da profissão, ajudando ao nosso povo. Hoje em Cuba somos 684 estudantes brasileiros de medicina, onde 72 irão ser médicos a partir do próximo mês.
Na sua primeira visita a Cuba, como Presidente da República do Brasil, em 2003, o companheiro transmitiu seu desejo de resolver a questão dab homologação de diplomas da Escola Latino-Americana de Medicina em Cuba aos estudantes. Nós reconhecemos os esforços do seu Governo para poder resolver a questão, desde o Acordo Bilateral entre Brasil e Cuba ao Projeto Piloto, mas infelizmente queremos transmitir que esse desejo ainda não foi realizado.
O problema central da revalidação do nosso título, companheiro, não é técnico, não é legal, é o preconceito de classe. O preconceito que não aceita que filho de trabalhador, seja médico, e pior, que seja médico competente e comprometido com a saúde pública, de qualidade, gratuita e universal.
Sabe presidente Lula, você provou que o trabalhador sim pode ser Presidente da República, você provou que a classe trabalhadora sim pode dirigir um país. Nós estudantes provaremos que da saúde do povo, o mesmo povo pode cuidar. Seja bem vindo a Cuba, companheiro Lula.
Viva a Escola Latino-Americana de Medicina! Viva Cuba!
COORDENAÇÃO NACIONAL DA ABEMEC - Thiago José Castro Ponciano Lima
Os estudantes brasileiros de medicina bolsistas da Escola Latino-Americana de Medicina lhe deram as boas vindas com a leitura da Carta aberta ao Povo Brasileiro, documento aprovado no último Encontro Nacional dos futuros médicos em março desse ano, que propõe a sociedade brasileira, municípios, estados e universidades interessadas em interiorizar a assistência medica em construir um Plano Nacional de Inserção ao Sistema Único de Saúde (SUS) que permita a inserção de médicos formados no Brasil e no Exterior, e apresentaram uma carta de boas vindas, onde manifestam que o desejo de Lula de ter o diploma cubano revalidado no Brasil ainda não havia sido cumprido.
Lula defendeu o diálogo com o Conselho Federal de Medicina, argumentando ser necessário superar preconceitos para que possamos superar todos juntos o problema da saúde no Brasil. Ao ser convidado para ser padrinho da luta pela inserção dos médicos formados em Cuba no SUS, este disse que além de padrinho, ia ser um associado dessa luta, se comprometendo a ajudar a articular parcerias regionais no Brasil.
Leia abaixo a carte que foi entregue a Lula
Havana, 1º de junho de 2011
Ao Companheiro Luiz Inácio Lula da Silva
Nós, estudantes brasileiros de medicina em Cuba, agradecemos a visita do companheiro e compartilhamos esse momento de grande importância.
Originários das camadas mais baixas da sociedade brasileira, esses estudantes que hoje viemos representar aqui são o mais claro exemplo de solidariedade do povo cubano, do qual somos muitos agradecidos. Esses futuros médicos que quando se formarem irão servir ao povo brasileiro, onde há falta de médicos, especialmente, comprometidos com o Sistema Único de Saúde.
A Escola Latino-Americana de Medicina já formou, desde 2005, 9700 médicos para o mundo, destes 348 são brasileiros e 120 estão homologados, em pleno exercício da profissão, ajudando ao nosso povo. Hoje em Cuba somos 684 estudantes brasileiros de medicina, onde 72 irão ser médicos a partir do próximo mês.
Na sua primeira visita a Cuba, como Presidente da República do Brasil, em 2003, o companheiro transmitiu seu desejo de resolver a questão dab homologação de diplomas da Escola Latino-Americana de Medicina em Cuba aos estudantes. Nós reconhecemos os esforços do seu Governo para poder resolver a questão, desde o Acordo Bilateral entre Brasil e Cuba ao Projeto Piloto, mas infelizmente queremos transmitir que esse desejo ainda não foi realizado.
O problema central da revalidação do nosso título, companheiro, não é técnico, não é legal, é o preconceito de classe. O preconceito que não aceita que filho de trabalhador, seja médico, e pior, que seja médico competente e comprometido com a saúde pública, de qualidade, gratuita e universal.
Sabe presidente Lula, você provou que o trabalhador sim pode ser Presidente da República, você provou que a classe trabalhadora sim pode dirigir um país. Nós estudantes provaremos que da saúde do povo, o mesmo povo pode cuidar. Seja bem vindo a Cuba, companheiro Lula.
Viva a Escola Latino-Americana de Medicina! Viva Cuba!
COORDENAÇÃO NACIONAL DA ABEMEC - Thiago José Castro Ponciano Lima