Ex-ditadores Bignone (à esquerda) e Videla, em fevereiro de 2011 - Foto: /AFP
Janaína Figueiredo,O Globo
O Tribunal Oral Federal 1 de San Martín condenou [ontem] o ex-ditador Reynaldo Bignone, de 83 anos, e o ex-delegado de polícia Luis Patti, de 57 anos, à prisão perpétua por crimes de lesa humanidade cometidos durante durante o último governo militar (1976-1983) da Argentina. Segundo o jornal argentino "Clarín", os dois cumprirão a pena em celas comuns. Foi o quarto julgamento realizado este ano envolvendo crimes da ditadura. Desde a anulação das leis de Obediência Devida e Ponto Final, as chamadas leis do perdão, em 2005, a Justiça argentina já condenou 204 militares e civis que participaram de sequestros, torturas e assassinatos de opositores do regime militar. Outros 13 julgamentos deverão ser realizados nos próximos anos, nos quais 370 pessoas passarão pelo banco dos réus. O caso de Patti é inédito no país. Após a redemocratização da Argentina, o ex-delegado foi prefeito de um município da província de Buenos Aires e deputado nacional. Durante muitos anos, Patti utilizou sua imunidade parlamentar para evitar processos.
Argentina, Uruguai estão dando um bom exemplo para o Brasil. Lá os militares torturadores vão para a cadeia, prisão perpétua. Aqui eles estão livres, leve, solto e sem a mínima vergonha na cara estão tentando censurar a novela "Amor e Revolução" do SBT, que mostra o horror nos porões ditadura, os crimes praticados com requinte de crueldade. Eles não entenderam que a ditadura, a censura acabou, que vivemos em plena democracia?