Daniel Bramatti, José Roberto de Toledo / ESPECIAL PARA O ESTADO - O Estado de S.Paulo
Nem Nordeste, nem Minas Gerais. O comportamento dos eleitores nessas duas áreas não explica, isoladamente, a vantagem da petista Dilma Rousseff sobre o tucano José Serra.
Dilma venceu por mais de 12 milhões de votos. Se houvesse empate no Nordeste, ela ainda teria 1,3 milhão de votos a mais do que Serra nas demais regiões do País.
Em Minas Gerais, o tucano perdeu por 58% a 42% - o que gerou comentários de que o ex-governador Aécio Neves não teria se empenhado o bastante para eleger o correligionário.
Qualquer que fosse o empenho de Aécio, ele teria sido insuficiente. Serra só venceria Dilma se conseguisse o impraticável índice de 99% dos votos entre os eleitores mineiros.
Em São Paulo, sua base política, Serra obteve 54% dos votos, oito pontos porcentuais a mais do que Dilma. Se repetisse esse desempenho em Minas, a virada lhe daria 1,3 milhão de votos, e tiraria o mesmo tanto da adversária. No final das contas, a petista ainda conquistaria a Presidência com 9,3 milhões de votos a mais .
A presidente eleita venceu em mais municípios do que o adversário: foram 3.878 (70%), contra 1686 (30%).
Nos municípios maiores - principal palco da batalha do segundo turno, pois foi neles que Marina Silva (PV) se saiu melhor na primeira etapa da eleição -, a performance dos dois foi mais equilibrada.
Houve 137 cidades em que o número de votos válidos superou a marca dos 100 mil. Neles, Dilma venceu em 71 (51%) e Serra em 66 (49%).
Nos municípios médios, com 50 mil a 100 mil votos válidos, o placar foi similar, em termos proporcionais: 77 a 67 para a petista (53% a 47%).
As 1.429 cidades com 10 mil a 50 mil votos válidos se dividiram da seguinte forma: 928 para Dilma e 501 para o adversário. Ou seja, 65% a 35%.
Nos micromunicípios, com menos de 10 mil votos válidos, a vantagem da candidata governista foi ainda maior: ela venceu em 2.801 cidades e perdeu em 1.052 (73% a 27%).
O desempenho de Dilma nas cidades menores não foi homogêneo em todas as regiões. Em São Paulo, por exemplo, ela perdeu em 237 das cidades com até 10 mil votos válidos e ganhou em apenas 143.
Nas cidades de pequeno porte, que costumam ter proporção maior da população vivendo em áreas rurais, a taxa de abstenção foi maior que nos grandes centros. Ou seja, a vitória da petista poderia ter sido ainda mais folgada se a ausência dos eleitores não fosse maior nas regiões em que se saiu melhor.
Redutos. Os mapas do desempenho eleitoral dos dois candidatos, publicados na página ao lado, indicam que Dilma teve o maior número de vitórias por larga margem - acima de 65% dos votos. São as áreas em vermelho-escuro, superiores em número às áreas em azul-escuro, onde Serra teve mais de 65% do eleitorado. Dilma teve vitórias por larga margem em praticamente todo o Nordeste, em boa parte do Norte e na parcela de Minas Gerais mais próxima da fronteira com a Bahia - área que concentra os municípios menos desenvolvidos do Estado.
Serra derrotou Dilma com mais de 65% em poucas áreas do mapa - elas se concentram em São Paulo e outros Estados do Sul e Sudeste.
O tucano teve desempenho destacado no Acre, Estado governado pelo PT desde 1999. Também venceu com larga vantagem em áreas isoladas do Centro-Oeste, como as cidades de Marcelândia e Nova Canaã do Norte, ambas em Mato Grosso.
Nem Nordeste, nem Minas Gerais. O comportamento dos eleitores nessas duas áreas não explica, isoladamente, a vantagem da petista Dilma Rousseff sobre o tucano José Serra.
Dilma venceu por mais de 12 milhões de votos. Se houvesse empate no Nordeste, ela ainda teria 1,3 milhão de votos a mais do que Serra nas demais regiões do País.
Em Minas Gerais, o tucano perdeu por 58% a 42% - o que gerou comentários de que o ex-governador Aécio Neves não teria se empenhado o bastante para eleger o correligionário.
Qualquer que fosse o empenho de Aécio, ele teria sido insuficiente. Serra só venceria Dilma se conseguisse o impraticável índice de 99% dos votos entre os eleitores mineiros.
Em São Paulo, sua base política, Serra obteve 54% dos votos, oito pontos porcentuais a mais do que Dilma. Se repetisse esse desempenho em Minas, a virada lhe daria 1,3 milhão de votos, e tiraria o mesmo tanto da adversária. No final das contas, a petista ainda conquistaria a Presidência com 9,3 milhões de votos a mais .
A presidente eleita venceu em mais municípios do que o adversário: foram 3.878 (70%), contra 1686 (30%).
Nos municípios maiores - principal palco da batalha do segundo turno, pois foi neles que Marina Silva (PV) se saiu melhor na primeira etapa da eleição -, a performance dos dois foi mais equilibrada.
Houve 137 cidades em que o número de votos válidos superou a marca dos 100 mil. Neles, Dilma venceu em 71 (51%) e Serra em 66 (49%).
Nos municípios médios, com 50 mil a 100 mil votos válidos, o placar foi similar, em termos proporcionais: 77 a 67 para a petista (53% a 47%).
As 1.429 cidades com 10 mil a 50 mil votos válidos se dividiram da seguinte forma: 928 para Dilma e 501 para o adversário. Ou seja, 65% a 35%.
Nos micromunicípios, com menos de 10 mil votos válidos, a vantagem da candidata governista foi ainda maior: ela venceu em 2.801 cidades e perdeu em 1.052 (73% a 27%).
O desempenho de Dilma nas cidades menores não foi homogêneo em todas as regiões. Em São Paulo, por exemplo, ela perdeu em 237 das cidades com até 10 mil votos válidos e ganhou em apenas 143.
Nas cidades de pequeno porte, que costumam ter proporção maior da população vivendo em áreas rurais, a taxa de abstenção foi maior que nos grandes centros. Ou seja, a vitória da petista poderia ter sido ainda mais folgada se a ausência dos eleitores não fosse maior nas regiões em que se saiu melhor.
Redutos. Os mapas do desempenho eleitoral dos dois candidatos, publicados na página ao lado, indicam que Dilma teve o maior número de vitórias por larga margem - acima de 65% dos votos. São as áreas em vermelho-escuro, superiores em número às áreas em azul-escuro, onde Serra teve mais de 65% do eleitorado. Dilma teve vitórias por larga margem em praticamente todo o Nordeste, em boa parte do Norte e na parcela de Minas Gerais mais próxima da fronteira com a Bahia - área que concentra os municípios menos desenvolvidos do Estado.
Serra derrotou Dilma com mais de 65% em poucas áreas do mapa - elas se concentram em São Paulo e outros Estados do Sul e Sudeste.
O tucano teve desempenho destacado no Acre, Estado governado pelo PT desde 1999. Também venceu com larga vantagem em áreas isoladas do Centro-Oeste, como as cidades de Marcelândia e Nova Canaã do Norte, ambas em Mato Grosso.