O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a blogueiros na manha desta quarta-feira o acordo que ele fez com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, provocou reações adversas no mundo, principalmente por ter partido de um homem de Garanhuns - cidade em que nasceu, em Pernambuco, mas que ainda espera avanço por parte do Irã.
"Na reunião que tive com ele, eu disse que só queria para o Irá o que quero para mim, e que no meu País é proibido construir bomba atômica. Quero que vocês (Irá) desenvolvam tecnologia no urânio para fins pacíficos. O que eu quero para mim", afirmou. Com isso, Lula acredita que "eles vão retomar a partir daí, mas já estavam com decisão de fazer as sanções".
Lula explicou também como decidiu entrar em negociação com o Irã, mesmo sendo duramente atacado pela imprensa e representantes de outros países.
"Fui lá porque conheci Ahmadinejad em Nova York, e em duas horas, me convenci de que poderia conversar sobre a questão nuclear, que era o grande desafio. Ninguém queria conversar com ele". Ao sair do hotel, nessa primeira conversa, Lula sentiu que poderia aproveitar e trabalhar para uma solução para o conflito, contou durante a entrevista. "Me convenci de que não haverá paz no Oriente Médio enquanto não colocarmos todos os interlocutores envolvidos numa mesa de negociação. Se achar que a paz ali é coisa dos Estados Unidos e Israel, não vai ter paz. É preciso colocar mais gente, quem é que vai conversar com quem, com o Irã, com a Síria, com o Hamas, quem é que vai sentar ali e construir essa aliança?", disse.
O presidente também disse que o Brasil continuará a brigar por uma vaga no Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas (ONU)
"Acho que o Brasil tem um jogo há quinze anos pela reforma do Conselho de Segurança da ONU, que é um clube fechado, com os cinco maiores produtores de arma do mundo. Então, eles não querem abrir aquele clube seleto. Como se explica o Conselho representar o mundo geopolítico de 2010 sem ter representante da América Latina, Índia, África? É questão de tempo. O Brasil vai continuar brigando", afirmou em entrevista transmitida pela internet.
Voz no G8
Lula contou que em sua primeira participação na reunião do G8, ele não sabia dizer uma palavra em inglês ou japonês, mas ao ver a composição da mesa com George Bush, Tony Blair, Gerhard Schroeder, o rei da Arábia, entre outros, percebeu que poderia ter uma voz diferente.
"Coloquei o fone e comecei a pensar no que tava fazendo ali. Acho que nenhum deles tem a vinculação que eu tenho, em nome de parcela do povo que não é representada na reunião, e me deu coragem. Pensei que não sou melhor do melhor, mas igual".
Na mesma reunião, Lula lembrou que quando o então presidente dos Estados Unidos, George Bush, entrou no salão para a reunião, todos os demais chefes de Estado levantaram para cumprimentá-lo. Mas ele manteve-se sentado. "O Bush foi na minha mesa e me cumprimentou igual a todo mundo. Não tem porque esse gesto de reverência, parece puxa saquismo".
Redação Terra
"Na reunião que tive com ele, eu disse que só queria para o Irá o que quero para mim, e que no meu País é proibido construir bomba atômica. Quero que vocês (Irá) desenvolvam tecnologia no urânio para fins pacíficos. O que eu quero para mim", afirmou. Com isso, Lula acredita que "eles vão retomar a partir daí, mas já estavam com decisão de fazer as sanções".
Lula explicou também como decidiu entrar em negociação com o Irã, mesmo sendo duramente atacado pela imprensa e representantes de outros países.
"Fui lá porque conheci Ahmadinejad em Nova York, e em duas horas, me convenci de que poderia conversar sobre a questão nuclear, que era o grande desafio. Ninguém queria conversar com ele". Ao sair do hotel, nessa primeira conversa, Lula sentiu que poderia aproveitar e trabalhar para uma solução para o conflito, contou durante a entrevista. "Me convenci de que não haverá paz no Oriente Médio enquanto não colocarmos todos os interlocutores envolvidos numa mesa de negociação. Se achar que a paz ali é coisa dos Estados Unidos e Israel, não vai ter paz. É preciso colocar mais gente, quem é que vai conversar com quem, com o Irã, com a Síria, com o Hamas, quem é que vai sentar ali e construir essa aliança?", disse.
O presidente também disse que o Brasil continuará a brigar por uma vaga no Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas (ONU)
"Acho que o Brasil tem um jogo há quinze anos pela reforma do Conselho de Segurança da ONU, que é um clube fechado, com os cinco maiores produtores de arma do mundo. Então, eles não querem abrir aquele clube seleto. Como se explica o Conselho representar o mundo geopolítico de 2010 sem ter representante da América Latina, Índia, África? É questão de tempo. O Brasil vai continuar brigando", afirmou em entrevista transmitida pela internet.
Voz no G8
Lula contou que em sua primeira participação na reunião do G8, ele não sabia dizer uma palavra em inglês ou japonês, mas ao ver a composição da mesa com George Bush, Tony Blair, Gerhard Schroeder, o rei da Arábia, entre outros, percebeu que poderia ter uma voz diferente.
"Coloquei o fone e comecei a pensar no que tava fazendo ali. Acho que nenhum deles tem a vinculação que eu tenho, em nome de parcela do povo que não é representada na reunião, e me deu coragem. Pensei que não sou melhor do melhor, mas igual".
Na mesma reunião, Lula lembrou que quando o então presidente dos Estados Unidos, George Bush, entrou no salão para a reunião, todos os demais chefes de Estado levantaram para cumprimentá-lo. Mas ele manteve-se sentado. "O Bush foi na minha mesa e me cumprimentou igual a todo mundo. Não tem porque esse gesto de reverência, parece puxa saquismo".
Redação Terra