Juliana Prado
Direto de Belo Horizonte
Depois do susto assumido de não conseguir vencer as eleições presidenciais no primeiro turno, a campanha da petista Dilma Rousseff escalou alguns personagens para atuar na linha de frente na segunda etapa da disputa. Um dos escalados foi o ministro da Articulação Institucional, Alexandre Padilha, que chegou a se licenciar do cargo para atuar na campanha.
Homem de bastidores, conhecido pelo bom trânsito entre prefeitos, Padilha saiu do gabinete e foi parar nas ruas. Em Belo Horizonte, na sexta-feira (22) e no sábado (23), ele acompanhou Dilma em encontro com prefeitos e participou de um ato público na capital mineira. Mas, além de ir para uma pretendida linha de gol, também vem agindo como bombeiro. Nesta entrevista concedida ao Terra, na capital mineira, o ministro mostrou porque também foi chamado a apagar vários incêndios.
Repetindo um dos mantras preferidos do presidente Lula e do Partido dos Trabalhadores - "o nosso governo apura até o fim" - ele rebateu as investidas da campanha de Serra contra Dilma. Durante a conversa, provocou o adversário, insistindo na tese de que o tucano simulou uma agressão em evento na semana passada no Rio de Janeiro. Também voltou a questionar o fato de Serra não ter "explicado" a ligação com Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, e rebateu denúncias de que petistas teriam roubado um dossiê montado contra os tucanos. Sobre o caso, acusou de ser um "grande factóide" e de estar fazendo "o feitiço virar contra o feiticeiro".
Terra - Qual o motivo de a campanha investir tanto em Minas, uma vez que a candidata do PT apresenta vantagem no Estado, segundo as pesquisas?
Alexandre Padilha - Um evento como o que fizemos neste sábado em Belo Horizonte - mobilização em torno da Avenida do Contorno - mostra que os simpatizantes, os militantes, as pessoas de Belo Horizonte saem para a rua, vestem a camisa da Dilma e consolidam a imagem de que ela não só é mineira, de Belo Horizonte, mas que surge uma identidade dessa população com nossa candidata à presidência da República. É algo tradicional, que aconteceu nas várias campanhas que o PT fez em Belo Horizonte. A receptividade que nós sentimos nas pessoas, nos prédios, nas ruas é a mostra de que o clima mudou. Belo Horizonte virou. Existe agora um sentimento pró-Dilma muito forte, que os companheiros não viram no primeiro turno.
Terra - O sr. acredita que o fator Aécio Neves ainda preocupa, apesar de a campanha de Serra tê-lo tirado justamente do Estado em que ele tem mais influência, que é Minas, para atuar em outros locais do País?
Alexandre Padilha - O que eu acredito é que, no segundo turno, a relação é direta do candidato com o eleitor. As lideranças têm papel importante, respeito o papel de todas elas, principalmente aquelas que são de oposição, mas que buscam fazer uma campanha de alto nível, que não entram nos ataques, nas baixarias, mas a relação é mesmo direta com o eleitor. Este passa a ter a oportunidade no segundo turno de todo dia ver seu candidato na TV. Minas é a síntese do Brasil, que percebe que você não pode ter um projeto nacional pautado apenas e tendo como único horizonte a Avenida Paulista. O Estado percebe que tem que ter uma presidente da República que pense o Brasil como um todo e não com um horizonte restrito a uma parte do setor econômico do País.
Terra - A campanha tucana em Minas tem focado no movimento "Dilmasia", que pregou, no primeiro turno, o voto em Dilma e no governador eleito Antonio Anastasia (PSDB). Agora o PSDB tenta transferir esses votos para Serra...
Padilha - Eu tenho certeza que isso não dá certo, sabe por quê? Os prefeitos que votaram na Dilma no primeiro turno só têm agora mais motivos para votar nela no segundo. Quando um prefeito, inclusive de partidos de oposição, já optou pela Dilma no primeiro turno, ele tem mais motivos para optar por ela de novo. Acredito que não só vamos manter os que estiveram com ela no primeiro turno como também conseguir votos dos que apoiaram a Marina (Silva - PV).
Terra - Depois de investir pesado em Minas, existe alguma mudança de foco para a última semana de campanha?
Padilha - Temos algumas prioridades. Entre elas, consolidar a grande votação que tivemos no Norte e no Nordeste, e temos companheiros trabalhando nisso. A Dilma vai para o Nordeste essa semana, o presidente Lula também vai para o Nordeste esta semana...Também estamos disputando voto a voto em São Paulo e no Paraná, que são dois Estados em que o PSDB ganhou no primeiro turno, e, em Minas Gerais, temos essa grande prioridade por dois motivos. Primeiro, porque é o segundo maior colégio eleitoral do país, e segundo porque uma vitória em Minas é muito simbólica pois o Estado é a síntese deste Brasil diverso.
Terra - A presidenciável defendeu, em encontro com prefeitos, uma gestão municipalista. Por que então não fez uma investida nos municípios de médio e pequeno porte? Alguns prefeitos mineiros chegaram a dizer na campanha que o governo Lula só dá atenção a cidades com mais de 50 mil habitantes.
Padilha - Tanto fizemos para os municípios brasileiros que os prefeitos reconheceram o presidente Lula como o presidente mais municipalista da história desse país. Nós avançamos muito com os municípios. Nosso governo mudou a relação política, começou a respeitar todos os prefeitos e prefeitas independente dos partidos. Eu cuidei desde o início deste governo do Comitê da Articulação Federativa, que é uma instância que nós criamos, que pactuou os vários avanços. Para você ter uma ideia, o FPM (Fundo de Participação dos Municípios), quando a gente assumiu o governo, era de R$ 23 bilhões, agora é R$ 52 bilhões. Durante a crise econômica de 2009, pela primeira vez o governo federal tirou dinheiro do bolso para ajudar os municípios a recompor o FPM. Tem muito por fazer. E nós ajudamos os municípios com menos de 50 mil habitantes, tanto é que a Dilma está tendo a maior votação nestes municípios.
Terra - O presidente Lula adotou um discurso muito incisivo e duro na campanha, e por isso, foi muito criticado. Não houve certo exagero?
Padilha - Eu acredito que o povo brasileiro respeita muito o presidente Lula, tanto que as pesquisas todas de todos os institutos só mostram o crescimento da sua popularidade. O brasileiro entende as opiniões dele. E também, o presidente tem o direito de se indignar. Ele ficou indignado, num processo de debate para presidente da república - onde temos temas tão importantes para o país discutir, como o pré-sal, por exemplo -, com o fato de nosso adversário ocupar o programa eleitoral dele e os programas jornalísticos com uma grande encenação que ficou nítida, inclusive, pela internet. A internet e as redes sociais desmontaram a edição que foi feita, que tentou corroborar a encenação do adversário. O presidente se indignou naquele momento, porque, para nós, o mais importante é discutir as grandes questões.
Terra - Como o Planalto recebeu a decisão da justiça, divulgada neste sábado, de tornar o Gilberto Carvalho, que é chefe de gabinete do presidente Lula, réu no processo de cobrança de propina na prefeitura de Santo André?
Padilha - O Gilberto já respondeu e vai continuar respondendo e se defendendo na justiça e mostrando claramente que todas as acusações não conseguiram mostrar nenhuma prova. O nosso governo é um governo que apura até o fim. Mas quem denunciou tem que provar que é verdade. E se provar que é verdade, quem cometeu irregularidades vai ser punido prontamente. Nós apuramos até o fim. A Polícia Federal age para isso, tem autonomia para isso. Diferente do nosso adversário, que busca se esconder. Até hoje ele (Serra) não respondeu quais são as relações dele com o Paulo Vieira Souza, o Paulo Preto...Inclusive, toda vez que aparece o nome do Paulo Preto ele fica meio branco, assustado,dizem (riso). Uma hora fala que conhece, outra hora diz que não conhece...Ele tem que explicar. Ele tem um personagem que trabalhou no governo do Fernando Henrique Cardoso, trabalhou no governo de São Paulo, responsável por uma obra bilionária, o Rodoanel, e esse personagem diz "que não se larga um líder sozinho na estrada", e parece que eles não apuram nada. Não busca saber o que é isso. É uma frase que soa um pouco como chantagem...
Terra - E o que vocês têm a dizer sobre as declarações do jornalista Amaury Ribeiro Junior, que, em depoimento, jogou no colo de petistas a responsabilidade pelo roubo de um dossiê organizado por ele contra tucanos?
Padilha - Eu não vou interpretar qual o motivo por que essas coisas voltam a aparecer. Torço para que as pessoas não acreditem que isso possa mudar as eleições. Porque se acreditarem nisso vão ser derrotadas novamente. O que tenho absoluta consciência é de que as últimas revelações feitas pelo então jornalista do Estado de Minas só corroboram que a busca daquelas informações do candidato Serra não tinha nada a ver com a campanha da Dilma. Ele (Amaury) fez isso quando não existia ainda coordenação de campanha montada, a Dilma nem era a candidata do PT. Tinha até a candidatura do Ciro Gomes em jogo...Quando ele fez isso o que existia era uma disputa dentro do PSDB para definir quem seria o candidato deles...Não tinha nenhum vínculo com a campanha da Dilma ou do PT. Até a afirmação que atribuíram a ele no depoimento corrobora que ele não tinha essa ligação. Porque disse que alguém do PT foi lá e roubou as informações. Ora, se tinha ligação com a campanha, não precisava roubar. Eu acho que, de certa forma, a oposição tentou transformar isso num grande factóide e o feitiço vai virando contra o feiticeiro.
Especial para Terra
Direto de Belo Horizonte
Depois do susto assumido de não conseguir vencer as eleições presidenciais no primeiro turno, a campanha da petista Dilma Rousseff escalou alguns personagens para atuar na linha de frente na segunda etapa da disputa. Um dos escalados foi o ministro da Articulação Institucional, Alexandre Padilha, que chegou a se licenciar do cargo para atuar na campanha.
Homem de bastidores, conhecido pelo bom trânsito entre prefeitos, Padilha saiu do gabinete e foi parar nas ruas. Em Belo Horizonte, na sexta-feira (22) e no sábado (23), ele acompanhou Dilma em encontro com prefeitos e participou de um ato público na capital mineira. Mas, além de ir para uma pretendida linha de gol, também vem agindo como bombeiro. Nesta entrevista concedida ao Terra, na capital mineira, o ministro mostrou porque também foi chamado a apagar vários incêndios.
Repetindo um dos mantras preferidos do presidente Lula e do Partido dos Trabalhadores - "o nosso governo apura até o fim" - ele rebateu as investidas da campanha de Serra contra Dilma. Durante a conversa, provocou o adversário, insistindo na tese de que o tucano simulou uma agressão em evento na semana passada no Rio de Janeiro. Também voltou a questionar o fato de Serra não ter "explicado" a ligação com Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, e rebateu denúncias de que petistas teriam roubado um dossiê montado contra os tucanos. Sobre o caso, acusou de ser um "grande factóide" e de estar fazendo "o feitiço virar contra o feiticeiro".
Terra - Qual o motivo de a campanha investir tanto em Minas, uma vez que a candidata do PT apresenta vantagem no Estado, segundo as pesquisas?
Alexandre Padilha - Um evento como o que fizemos neste sábado em Belo Horizonte - mobilização em torno da Avenida do Contorno - mostra que os simpatizantes, os militantes, as pessoas de Belo Horizonte saem para a rua, vestem a camisa da Dilma e consolidam a imagem de que ela não só é mineira, de Belo Horizonte, mas que surge uma identidade dessa população com nossa candidata à presidência da República. É algo tradicional, que aconteceu nas várias campanhas que o PT fez em Belo Horizonte. A receptividade que nós sentimos nas pessoas, nos prédios, nas ruas é a mostra de que o clima mudou. Belo Horizonte virou. Existe agora um sentimento pró-Dilma muito forte, que os companheiros não viram no primeiro turno.
Terra - O sr. acredita que o fator Aécio Neves ainda preocupa, apesar de a campanha de Serra tê-lo tirado justamente do Estado em que ele tem mais influência, que é Minas, para atuar em outros locais do País?
Alexandre Padilha - O que eu acredito é que, no segundo turno, a relação é direta do candidato com o eleitor. As lideranças têm papel importante, respeito o papel de todas elas, principalmente aquelas que são de oposição, mas que buscam fazer uma campanha de alto nível, que não entram nos ataques, nas baixarias, mas a relação é mesmo direta com o eleitor. Este passa a ter a oportunidade no segundo turno de todo dia ver seu candidato na TV. Minas é a síntese do Brasil, que percebe que você não pode ter um projeto nacional pautado apenas e tendo como único horizonte a Avenida Paulista. O Estado percebe que tem que ter uma presidente da República que pense o Brasil como um todo e não com um horizonte restrito a uma parte do setor econômico do País.
Terra - A campanha tucana em Minas tem focado no movimento "Dilmasia", que pregou, no primeiro turno, o voto em Dilma e no governador eleito Antonio Anastasia (PSDB). Agora o PSDB tenta transferir esses votos para Serra...
Padilha - Eu tenho certeza que isso não dá certo, sabe por quê? Os prefeitos que votaram na Dilma no primeiro turno só têm agora mais motivos para votar nela no segundo. Quando um prefeito, inclusive de partidos de oposição, já optou pela Dilma no primeiro turno, ele tem mais motivos para optar por ela de novo. Acredito que não só vamos manter os que estiveram com ela no primeiro turno como também conseguir votos dos que apoiaram a Marina (Silva - PV).
Terra - Depois de investir pesado em Minas, existe alguma mudança de foco para a última semana de campanha?
Padilha - Temos algumas prioridades. Entre elas, consolidar a grande votação que tivemos no Norte e no Nordeste, e temos companheiros trabalhando nisso. A Dilma vai para o Nordeste essa semana, o presidente Lula também vai para o Nordeste esta semana...Também estamos disputando voto a voto em São Paulo e no Paraná, que são dois Estados em que o PSDB ganhou no primeiro turno, e, em Minas Gerais, temos essa grande prioridade por dois motivos. Primeiro, porque é o segundo maior colégio eleitoral do país, e segundo porque uma vitória em Minas é muito simbólica pois o Estado é a síntese deste Brasil diverso.
Terra - A presidenciável defendeu, em encontro com prefeitos, uma gestão municipalista. Por que então não fez uma investida nos municípios de médio e pequeno porte? Alguns prefeitos mineiros chegaram a dizer na campanha que o governo Lula só dá atenção a cidades com mais de 50 mil habitantes.
Padilha - Tanto fizemos para os municípios brasileiros que os prefeitos reconheceram o presidente Lula como o presidente mais municipalista da história desse país. Nós avançamos muito com os municípios. Nosso governo mudou a relação política, começou a respeitar todos os prefeitos e prefeitas independente dos partidos. Eu cuidei desde o início deste governo do Comitê da Articulação Federativa, que é uma instância que nós criamos, que pactuou os vários avanços. Para você ter uma ideia, o FPM (Fundo de Participação dos Municípios), quando a gente assumiu o governo, era de R$ 23 bilhões, agora é R$ 52 bilhões. Durante a crise econômica de 2009, pela primeira vez o governo federal tirou dinheiro do bolso para ajudar os municípios a recompor o FPM. Tem muito por fazer. E nós ajudamos os municípios com menos de 50 mil habitantes, tanto é que a Dilma está tendo a maior votação nestes municípios.
Terra - O presidente Lula adotou um discurso muito incisivo e duro na campanha, e por isso, foi muito criticado. Não houve certo exagero?
Padilha - Eu acredito que o povo brasileiro respeita muito o presidente Lula, tanto que as pesquisas todas de todos os institutos só mostram o crescimento da sua popularidade. O brasileiro entende as opiniões dele. E também, o presidente tem o direito de se indignar. Ele ficou indignado, num processo de debate para presidente da república - onde temos temas tão importantes para o país discutir, como o pré-sal, por exemplo -, com o fato de nosso adversário ocupar o programa eleitoral dele e os programas jornalísticos com uma grande encenação que ficou nítida, inclusive, pela internet. A internet e as redes sociais desmontaram a edição que foi feita, que tentou corroborar a encenação do adversário. O presidente se indignou naquele momento, porque, para nós, o mais importante é discutir as grandes questões.
Terra - Como o Planalto recebeu a decisão da justiça, divulgada neste sábado, de tornar o Gilberto Carvalho, que é chefe de gabinete do presidente Lula, réu no processo de cobrança de propina na prefeitura de Santo André?
Padilha - O Gilberto já respondeu e vai continuar respondendo e se defendendo na justiça e mostrando claramente que todas as acusações não conseguiram mostrar nenhuma prova. O nosso governo é um governo que apura até o fim. Mas quem denunciou tem que provar que é verdade. E se provar que é verdade, quem cometeu irregularidades vai ser punido prontamente. Nós apuramos até o fim. A Polícia Federal age para isso, tem autonomia para isso. Diferente do nosso adversário, que busca se esconder. Até hoje ele (Serra) não respondeu quais são as relações dele com o Paulo Vieira Souza, o Paulo Preto...Inclusive, toda vez que aparece o nome do Paulo Preto ele fica meio branco, assustado,dizem (riso). Uma hora fala que conhece, outra hora diz que não conhece...Ele tem que explicar. Ele tem um personagem que trabalhou no governo do Fernando Henrique Cardoso, trabalhou no governo de São Paulo, responsável por uma obra bilionária, o Rodoanel, e esse personagem diz "que não se larga um líder sozinho na estrada", e parece que eles não apuram nada. Não busca saber o que é isso. É uma frase que soa um pouco como chantagem...
Terra - E o que vocês têm a dizer sobre as declarações do jornalista Amaury Ribeiro Junior, que, em depoimento, jogou no colo de petistas a responsabilidade pelo roubo de um dossiê organizado por ele contra tucanos?
Padilha - Eu não vou interpretar qual o motivo por que essas coisas voltam a aparecer. Torço para que as pessoas não acreditem que isso possa mudar as eleições. Porque se acreditarem nisso vão ser derrotadas novamente. O que tenho absoluta consciência é de que as últimas revelações feitas pelo então jornalista do Estado de Minas só corroboram que a busca daquelas informações do candidato Serra não tinha nada a ver com a campanha da Dilma. Ele (Amaury) fez isso quando não existia ainda coordenação de campanha montada, a Dilma nem era a candidata do PT. Tinha até a candidatura do Ciro Gomes em jogo...Quando ele fez isso o que existia era uma disputa dentro do PSDB para definir quem seria o candidato deles...Não tinha nenhum vínculo com a campanha da Dilma ou do PT. Até a afirmação que atribuíram a ele no depoimento corrobora que ele não tinha essa ligação. Porque disse que alguém do PT foi lá e roubou as informações. Ora, se tinha ligação com a campanha, não precisava roubar. Eu acho que, de certa forma, a oposição tentou transformar isso num grande factóide e o feitiço vai virando contra o feiticeiro.
Especial para Terra