09 outubro 2010

Aliança de Dilma pede mobilização para vencer “a voz do atraso, da calúnia, do preconceito, da mentira e dos privilégios”


Brasília Confidencial

“O PT e seus aliados pela eleição de Dilma Rousseff divulgaram ontem um manifesto em que conclamam “todos os homens e mulheres” à mobilização, para que se faça ouvir mais fortemente “a voz da mudança” do que “a voz do atraso, da calúnia, do preconceito, da mentira, dos privilégios”.

O documento considera “mergulhada em contradições” a candidatura da oposição ao Governo Lula liderada por José Serra (PSDB).

“Tenta atrair os verdes, mas não pode tirar o velho e conservador DEM de seu palanque. Denuncia aparelhismos, mas já está barganhando cargos em um possível ministério. Proclama-se democrata, mas persegue jornalistas e censura pesquisas. Seus partidários tentam sair dessa situação por meio de uma série de manobras que buscam confundir o debate político nacional. Espalham mentiras e acusações infundadas”.

O manifesto condena a exploração eleitoreira da religiosidade popular.

“Queremos um Brasil unido em sua diversidade política, étnica, cultural e religiosa. Por essa razão repudiamos aqueles que querem explorar cinicamente a religiosidade do povo brasileiro para fins eleitorais. Isso é um desrespeito às distintas confissões religiosas. Tentar introduzir o ódio entre as comunidades religiosas é um crime. Viola as melhores tradições de tolerância do povo brasileiro, que são admiradas em todo o mundo. O Brasil republicano é um Estado laico que respeita todas as convicções religiosas. Não permitiremos que nos tentem dividir”.

A maior parte do documento produzido pela campanha de Dilma é dedicada a contrapor, aos governos tucanos comandados por Fernando Henrique Cardoso, as realizações do Governo Lula e às conquistas sociais e econômicas que os brasileiros obtiveram nos últimos oito anos.

Petistas e aliados destacam que “o que está em jogo é o confronto entre dois projetos”. Um desses projetos, afirmam, é o do “Brasil do passado, da paralisia econômica, do gigantesco endividamento interno, mas também da dívida externa e da submissão ao FMI. O Brasil que quase foi à falência nas crises mundiais de 95, 97 e 98. O Brasil de uma carga tributária que saltou de 27% para 35% do PIB. O Brasil dos apagões, e do sucateamento da infraestrutura. O Brasil da privataria, que torrou nossas empresas públicas por 100 bilhões de dólares e conseguiu a proeza de dobrar nossa dívida pública. E já estão anunciando novas privatizações, dentre elas a do Pré Sal”.