01 setembro 2010

Serra testa "vacina-dossiê" contra livro sobre privataria tucana

Nesta terça-feira (31), o candidato tucano à presidência da República, José Serra, cometeu um ato falho e deixou escapar o que está por trás de toda esta onda que a oposição e a mídia tentam criar em torno da suposta quebra de sigilo fiscal de lideranças tucanas. Ao mencionar o nome do jornalista Amauri Ribeiro Jr, que escreveu um livro com informações bombásticas que provam a relação dos tucanos com corrupção, Serra deu a senha da estratégia oposicionista.
Ficou patente que todo o trololó sobre dossiês é, na verdade, uma forma desesperada do tucanato de vacinar a opinião pública contra as informações estarrecedoras que serão reveladas pelo livro de Amauri.

Segundo informação publicada pelo blog Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, o jornalista Amauri Ribeiro Jr. já acertou com a Editora Record a publicação do livro para o ano que vem, bem depois das eleições. A idéia inicial do jornalista era lançar o livro em capítulos, pela internet, logo após a Copa do Mundo. Mas a Record decidiu bancar a publicação impressa e pediu ao jornalista que adiasse o lançamento para que não houvesse acusações de uso eleitoral.

A obra, intitulada "Os Porões da Privataria", é nitroglicerina pura prestes a explodir no colo do tucanato. Segundo o próprio autor, o livro vai provocar um terremoto "em metade da Antiga República". "É o resultado de dez anos de trabalho de Amauri. Vai lá atrás, à privatização do Fernando Henrique. Conta como o Ministro da Saúde José Serra contratou um serviço de inteligência sob a responsabilidade de Marcelo Lunus Itagiba para pegar adversários políticos (inclusive do partido dele). Conta como se mandava para o exterior dinheiro recebido com a privatização", revela Amorim.

"A segunda parte do livro será para contar como o livro de Amauri entrou para o centro de um suposto dossiê que o PT armava contra o Serra", diz o titular do Conversa Afiada.

Ao contrário do que Serra e seus aliados da mídia tentam espalhar, o livro não é um "falso dossiê", é reportagem do melhor tipo: baseada em fatos comprovados e em documentos oficiais e de fé pública.
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