As privatizações no setor elétrico, a redução dos custos de manutenção e operação e a falta de investimentos por parte das empresas de energia elétrica em São Paulo têm provocado uma série de “apagões” em todo o Estado. Os últimos ocorreram, nesta segunda-feira (27/9), em vários bairros da capital e parte do litoral.
Na manhã de segunda, houve ao menos dois problemas na capital: na Barra Funda (zona oeste de SP), Higienópolis (região central) e São Mateus (zona leste). À noite, a avenida dos Jangadeiros e trechos das ruas adjacentes, na região do entorno do autódromo de Interlagos, no Jardim Primavera (zona sul de SP), teve queda de energia elétrica por quase duas horas.
O litoral foi afetado por falha na transmissão da Cteep. Santos, São Vicente, Praia Grande e Cubatão foram afetadas das 8h25 até 9h25.
A deputada Maria Lúcia Prandi explica que é preciso que as ocorrências sejam totalmente esclarecidas e providências sejam tomadas para que ocorrências semelhantes não se tornem rotina. “O setor de energia foi privatizado pelos governos tucanos em São Paulo, mesmo com as fortes reações de vários setores. Agora, é preciso manter a vigilância para evitar que a ânsia pelo lucro não substitua o necessário investimento na qualidade do sistema”, frisa a parlamentar do PT.
No litoral, a extensão do problema, nesta segunda-feira, poderia ter sido maior. O Distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá, que também pertence à área coberta pela CPFL, não sofreu problemas devido a uma manobra de emergência.
Mais ainda: a Eletropaulo não suspendeu o fornecimento de energia nas cidades da região sob sua responsabilidade, mas teria deixado de distribuir para sete municípios do interior do Estado de São Paulo.
Para Maria Lúcia, não se pode ficar apenas com as explicações da CTEEP, tampouco deixar de investigar a fundo o que ocorreu. “O corte abrupto da energia prejudica o funcionamento de hospitais, traz prejuízos para a indústria e o comércio, provoca transtornos ao trânsito de veículos e pode provocar danos materiais aos consumidores residenciais”, destaca a parlamentar, reforçando: “Tem que haver a garantia do serviço, pelo qual os consumidores pagam caro”.
Colapso elétrico no Estado
O PSDB quando da elaboração do marco regulatório da privatização tucana de 2006 não estabeleceu quem é responsável pelas instalações de transmissão. Com isso, a situação de infra-estrutura é crítica e faz crescer o risco de colapso no setor elétrico no Estado.
A divisão do setor energético paulista se dá em três áreas – geração, transmissão e distribuição de energia – e foi idealizada sob o argumento de que assim se alcançaria mais eficiência, mais investimentos, melhores serviços e mais transparência da fiscalização e no acompanhamento dos serviços públicos por elas prestados. Passado os anos, o que assistimos é a verticalização destas empresas assumindo o formato anterior as privatizações. Exemplos disso é a CPFL - distribuidora, gerando energia - e a CTEEP – transmissora - tentando entrar no setor de distribuição.
A Bancada do PT denuncia os cortes profundos nos investimentos da Cteep, apesar de ter seu lucro líquido elevado.
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