Yeda diz que estranha participação da PF na apuração, que é feita por Ministérios Públicos Estadual e de Contas
De acordo com a polícia, presos tinham total de mais de R$ 3 mi em espécie em suas casas e não explicaram origem
DE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PORTO ALEGRE
DE PORTO ALEGRE
Uma investigação da Polícia Federal e dos Ministérios Públicos Estadual e de Contas apura a existência de um esquema de desvio de dinheiro montado dentro da área de marketing do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul).
O prejuízo estimado, segundo as investigações, é de mais de R$ 10 milhões em um ano e meio (2009 e 2010).
Ontem, a PF fez uma operação -chamada Mercari, que em latim significa comércio- de busca e apreensão no Banrisul, em duas agências de publicidade que prestam serviço ao banco e nas casas de algumas das pessoas investigadas.
O superintendente de marketing do Banrisul, Walney Fehlberg, o representante da SLM Gilson Stork e o diretor da DCS Armando D'Elia Neto foram presos em flagrante por não informarem a origem do dinheiro encontrado em suas casas -segundo a PF, mais de R$ 3 milhões de dinheiro em espécie.
O Banrisul é uma sociedade de economia mista, controlada pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul.
A governadora gaúcha, Yeda Crusius (PSDB), que disputa a reeleição, cancelou a entrevista coletiva que daria sobre a operação.
Mais cedo, porém, em seu Twitter, Yeda disse estranhar a participação da PF na operação, já que se trata de uma investigação feita pelos Ministérios Públicos Estadual e de Contas. Ela disse também que "já viu este filme antes". "Roteiro do velho jeito."
A PF é subordinada ao Ministério da Justiça, que, até fevereiro, era comandado por Tarso Genro (PT), seu adversário na disputa.
Já a superintendência de marketing é subordinada à diretoria de gestão de informação do Banrisul, comandada por Rubens Bordini, tesoureiro da campanha de Yeda em 2006. Bordini não faz parte a campanha da governadora neste ano.
SUPERFATURAMENTO
Segundo as investigações, uma suposta organização criminosa, da qual fazem parte funcionários do banco e diretores de agências, superfaturava campanhas de marketing, feitas por empresas terceirizadas que recebiam valores muito abaixo daqueles pagos pelo banco.
O superintendente da PF-RS, Ildo Gasparetto, disse que o material apreendido pode ajudar a investigar o destino do dinheiro supostamente desviado. A investigação, segundo a PF, começou em outubro de 2009 a partir do depoimento de um prestador de serviço que percebeu a irregularidade.
O procurador-geral do Ministério Público de Contas do RS, Geraldo Da Camino, disse que, há cerca de dois meses, enviou um ofício à presidência do Banrisul, no qual solicitava uma série de documentos. "Não recebi até hoje", disse. (SÍLVIA FREIRE, LUCAS AZEVEDO e GRACILIANO ROCHA)
De acordo com a polícia, presos tinham total de mais de R$ 3 mi em espécie em suas casas e não explicaram origem
DE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PORTO ALEGRE
DE PORTO ALEGRE
Uma investigação da Polícia Federal e dos Ministérios Públicos Estadual e de Contas apura a existência de um esquema de desvio de dinheiro montado dentro da área de marketing do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul).
O prejuízo estimado, segundo as investigações, é de mais de R$ 10 milhões em um ano e meio (2009 e 2010).
Ontem, a PF fez uma operação -chamada Mercari, que em latim significa comércio- de busca e apreensão no Banrisul, em duas agências de publicidade que prestam serviço ao banco e nas casas de algumas das pessoas investigadas.
O superintendente de marketing do Banrisul, Walney Fehlberg, o representante da SLM Gilson Stork e o diretor da DCS Armando D'Elia Neto foram presos em flagrante por não informarem a origem do dinheiro encontrado em suas casas -segundo a PF, mais de R$ 3 milhões de dinheiro em espécie.
O Banrisul é uma sociedade de economia mista, controlada pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul.
A governadora gaúcha, Yeda Crusius (PSDB), que disputa a reeleição, cancelou a entrevista coletiva que daria sobre a operação.
Mais cedo, porém, em seu Twitter, Yeda disse estranhar a participação da PF na operação, já que se trata de uma investigação feita pelos Ministérios Públicos Estadual e de Contas. Ela disse também que "já viu este filme antes". "Roteiro do velho jeito."
A PF é subordinada ao Ministério da Justiça, que, até fevereiro, era comandado por Tarso Genro (PT), seu adversário na disputa.
Já a superintendência de marketing é subordinada à diretoria de gestão de informação do Banrisul, comandada por Rubens Bordini, tesoureiro da campanha de Yeda em 2006. Bordini não faz parte a campanha da governadora neste ano.
SUPERFATURAMENTO
Segundo as investigações, uma suposta organização criminosa, da qual fazem parte funcionários do banco e diretores de agências, superfaturava campanhas de marketing, feitas por empresas terceirizadas que recebiam valores muito abaixo daqueles pagos pelo banco.
O superintendente da PF-RS, Ildo Gasparetto, disse que o material apreendido pode ajudar a investigar o destino do dinheiro supostamente desviado. A investigação, segundo a PF, começou em outubro de 2009 a partir do depoimento de um prestador de serviço que percebeu a irregularidade.
O procurador-geral do Ministério Público de Contas do RS, Geraldo Da Camino, disse que, há cerca de dois meses, enviou um ofício à presidência do Banrisul, no qual solicitava uma série de documentos. "Não recebi até hoje", disse. (SÍLVIA FREIRE, LUCAS AZEVEDO e GRACILIANO ROCHA)
Yeda Crusius do PSDB do Serra, acha estranho a PF no caso, mas não acha estranho a montanha de dinheiro encontrado na casa de seus colaboradores.