Liberdade de expressão não é liberdade para mentir, manipular, inventar, caluniar, julgar e condenar, como vem fazendo a mídia. E quando erra, quando publica inverdades, a imprensa não dá manchete para o seu erro nem pede desculpas pelas suas matérias caluniadoras. Esses casos somente serão reparados (e o mal já terá sido feito) na Justiça, quando a parte caluniada entra com processo judicial. Foi o que ocorreu, por exemplo, com famoso caso da Escola de Base. A mídia paladina da liberdade de expressão condena violentamente os que a criticam, mas os donos dos jornais e revistas podem se reunir para combinar opiniões e seus empregados jornalistas podem, em nome de proteção do sigilo da fonte, inventar fontes e proteger criminosos e caluniadores. Eles se consideram uma elite intelectual além e acima de quaisquer críticas, são a encarnação da soberba. Na verdade, sua indigência intelectual causa asco. Esses tipinhos estão condenado a manifestação que vai ocorrer amanhã na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, justamente um ato contra o golpismo midiático e em defesa da democracia, em defesa da liberdade de expressão. De que eles estão se queixando? Por que estão tão revoltados com um ato público que defende a democracia? Porque a democracia que lhes interessa é aquela criada defendida por eles nas reuniões do Instituto Millenium e nas reuniões a portas fechadas nos clubes militares. Nessas reuniões a nata da elite decadente, os donos de jornais, algumas dondocas despirocadas travestidas de jornalistas e militares reformados saudosistas da ditadura militar divertem-se elogiando uns aos outros por suas “brilhantes” análises políticas e suas “firmes” convicções pseudo-democráticas. A democracia que pregam dispensa a vontade do eleitor, os anseios da sociedade, o desejo do povo e a soberania da nação. Para eles, o povo é burro e precisa ser conduzido. E eles querem impedir a manifestação de quem pensa diferentemente, de quem preza e respeita o povo brasileiro. Mas a Constituição de 1988 é clara no parágrafo IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. E a manifestação será amanhã, 23 de setembro, às 19 horas, no Auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (Rua Rego Freitas 530, próximo ao Metrô República, centro da capital paulista).
Jussara Seixas
Jussara Seixas