Estou vendo muita gente preocupada com o sobe e desce das pesquisas eleitorais, mas tenho sérias razões para acreditar que esse não deve ser o foco de nossa atenção daqui até domingo.
Não devemos nos iludir com a relativa calmaria dos últimos dias. Nem nos esquecer da experiência de eleições passadas – entre as quais a de 1989 e a de 2006.
Enfrentamos em 2010 uma oposição que repete as práticas golpistas da velha UDN, reproduzindo a mesma aliança espúria com setores da imprensa carioca e paulista.
Seu método principal tem sido o de espalhar mentiras, calúnias e difamações, ora fabricando escândalos contra nós, ora espalhando boatos infames pela internet, ora ligando o PT a casos com os quais não temos qualquer relação – como na pane do Metrô de SP ou nos fatos recentes ocorridos no Tocantins.
De um modo geral, a investida tem surtido pouco efeito, mas nada indica que tenham jogado a toalha. Suspeito que tenham guardado os ataques mais pesados para a antevéspera do pleito, quando já não haverá o horário eleitoral para que possamos esclarecer a população.
Meu pressentimento aponta para algumas balas de prata que já devem estar no tambor.
Não me surpreenderei, por exemplo, se ocorrerem atos de sabotagem contra o sistema elétrico nacional, de maneira a provocar apagões localizados ou generalizados. Isso respingaria direto em nossa candidata, que foi ministra do setor.
Também não descarto a fabricação de depoimentos de encomenda para ligar o PT a atividades ilegais, como o crime organizado e o tráfico de drogas. Já aconteceu outras vezes; pode muito bem acontecer de novo agora.
Portanto, companheiras e companheiros, tratemos de manter a tropa em alerta máximo, com o ouvido atento e os olhos bem abertos. O histórico udenista mostra que a guerra suja é sempre uma possibilidade. Devemos estar preparados para enfrentá-la.
Francisco Rocha é dirigente nacional do PT.