Está difícil encontrar um vice para José Serra. Ninguém parece muito animado a se oferecer para o sacrifício e também faltam nomes de expressão para encarnar a imagem que os tucanos querem passar à população. Aliás, qual é mesmo a imagem, hein? A três dias da convenção nacional do PSDB, ninguém sabe quem será o vice. Parece que só sai no fim do mês.
Os tucanos normalmente se fazem acompanhar dos demos, mas o partido minguou tanto, que não resta mais quase ninguém. O único governador que o partido tinha, e que Serra saudou com aquele “vote num careca e leve dois” foi em cana. José Roberto Arruda, apesar do apreço que sempre mereceu dos tucanos, já não era nem um ficha-suja, era prontuário.
A Folha de S. Paulo fala hoje em nove nomes, mas se espremer não sai um que some alguma coisa. Ainda no DEM, está o senador José Agripino Maia, aquela flor de sutileza, que disse em audiência com Dilma no Senado, que ela poderia estar mentindo por ter mentido quando estava presa durante a ditadura. A resposta de Dilma deveria ter encerrado a carreira de Agripino: “Eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar falar a verdade para os torturadores, entrega os seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido na tortura”. O Senador, conhecido como Jajá, ficou conhecido no episódio do “rabo de palha”.
Pula essa. Vamos ao segundo aspirante do DEM: José Carlos Aleluia, da Bahia. Alguém conhece? Mais insosso só o nome de Valéria Pires Franco, do Pará, que precisará ser apresentada ao país.
Esgotado o aliado de sempre, os tucanos poderiam partir para a chapa puro sangue, com Sergio Guerra, aquele a quem Lula chamou de…esqueci… e que acha que o PAC não existe, ou Tasso Jereissati, o coronel eletrônico do Ceará. Ainda aparecem o candidato derrotado ao governo do Paraná, Álvaro Dias, que poderia receber a vice como prêmio de consolação, e a senador Marisa “Quem?” Serrano (essa topa,tem mais quatro anos de mandato e fica bem na society do Mato Grosso do Sul e ainda ajuda a conseguir uma aliança com o governador André Puccinelli, aquele que disse que ia estuprar o Ministro Carlos Minc em praça pública.
Deu pra perceber a consistência da lista?
O PPS de Roberto Freire, muy amigo, indicaria o recém-chegado Itamar Franco, que já disse que não quer. E Serra não parece muito disposto a dar espaço ao aliado-adversário Aécio Neves. Restaria ainda Francisco Dornelles, do PP, um balão de ensaio, já que o partido ainda não decidiu que lado tomar na disputa presidencial, e que os tucanos dizem que não ficaria bem ter como vice por ter introduzido uma nuance no projeto da ficha limpa que beneficiaria Paulo Maluf, embora o próprio Maluf apóie Serra.
Serra, que não se perca pelo nome, não faz aliados. Faz inimigos, com seus métodos. Agora, na hora em que precisa de solidariedade na derrota que se delineia, não a encontra.
Brizola Neto
Os tucanos normalmente se fazem acompanhar dos demos, mas o partido minguou tanto, que não resta mais quase ninguém. O único governador que o partido tinha, e que Serra saudou com aquele “vote num careca e leve dois” foi em cana. José Roberto Arruda, apesar do apreço que sempre mereceu dos tucanos, já não era nem um ficha-suja, era prontuário.
A Folha de S. Paulo fala hoje em nove nomes, mas se espremer não sai um que some alguma coisa. Ainda no DEM, está o senador José Agripino Maia, aquela flor de sutileza, que disse em audiência com Dilma no Senado, que ela poderia estar mentindo por ter mentido quando estava presa durante a ditadura. A resposta de Dilma deveria ter encerrado a carreira de Agripino: “Eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar falar a verdade para os torturadores, entrega os seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido na tortura”. O Senador, conhecido como Jajá, ficou conhecido no episódio do “rabo de palha”.
Pula essa. Vamos ao segundo aspirante do DEM: José Carlos Aleluia, da Bahia. Alguém conhece? Mais insosso só o nome de Valéria Pires Franco, do Pará, que precisará ser apresentada ao país.
Esgotado o aliado de sempre, os tucanos poderiam partir para a chapa puro sangue, com Sergio Guerra, aquele a quem Lula chamou de…esqueci… e que acha que o PAC não existe, ou Tasso Jereissati, o coronel eletrônico do Ceará. Ainda aparecem o candidato derrotado ao governo do Paraná, Álvaro Dias, que poderia receber a vice como prêmio de consolação, e a senador Marisa “Quem?” Serrano (essa topa,tem mais quatro anos de mandato e fica bem na society do Mato Grosso do Sul e ainda ajuda a conseguir uma aliança com o governador André Puccinelli, aquele que disse que ia estuprar o Ministro Carlos Minc em praça pública.
Deu pra perceber a consistência da lista?
O PPS de Roberto Freire, muy amigo, indicaria o recém-chegado Itamar Franco, que já disse que não quer. E Serra não parece muito disposto a dar espaço ao aliado-adversário Aécio Neves. Restaria ainda Francisco Dornelles, do PP, um balão de ensaio, já que o partido ainda não decidiu que lado tomar na disputa presidencial, e que os tucanos dizem que não ficaria bem ter como vice por ter introduzido uma nuance no projeto da ficha limpa que beneficiaria Paulo Maluf, embora o próprio Maluf apóie Serra.
Serra, que não se perca pelo nome, não faz aliados. Faz inimigos, com seus métodos. Agora, na hora em que precisa de solidariedade na derrota que se delineia, não a encontra.
Brizola Neto