16 junho 2010

Quase todas as obras públicas de São Paulo estão atrasadas

Brasília Confidencial

“Ao se observar as placas (obrigatórias) de obras em prédios públicos no centro de São Paulo, percebe-se o quanto estão atrasadas. Um exemplo é a Biblioteca Mario de Andrade, cuja reforma – iniciada em setembro de 2007 – deveria ter terminado há 15 meses, em março de 2009. No entanto, a previsão de conclusão da obra acaba de ser prorrogada pela prefeitura para o fim de 2010.

Um outro caso de atraso grave é o restauro da fachada do Teatro Municipal. Este deveria estar terminado em julho de 2009, mas na verdade a previsão é de que aconteça um ano depois, no mês que vem. A situação de atraso em 80% das obras em bibliotecas, teatros, casarões históricos e centros culturais leva o secretário da Cultura de São Paulo, Carlos Augusto Calil, a alegar que “obra pública é complicada mesmo, porque tem licitação, homologação etc.”.

Para o advogado Alberto Rollo, presidente do Instituto de Direito Político, Eleitoral e Administrativo (Idipea), não há mistério: “obras que atrasam são sinal de incompetência no planejamento por parte da prefeitura. A falta de competência e de pessoal para vigiar e fiscalizar os trabalhos tem como resultado, além dos atrasos, o seu encarecimento”. “O problema é que aditamentos em contratos para obras públicas deixaram de ser exceção e viraram regra”, completa.”