wiki repórter
Johan
Fortaleza-CE
O outrora todo poderoso ex-PFL, conhecido "partido dos coronéis" no Nordeste, originário do ARENA, partido de sustentação da ditadura militar, foi tratorado pelos tucanos. Um dos partidos de maior peso eleitoral anteriormente, vem minguando desde a redemocratização. Não podia ser outra, um partido nutrido sob as barbas da censura não conseguiria sobreviver ao ar livre da democracia.
O ex-Arena, ex-PFL e agora DEM conseguira ainda algum êxito de sobrevivência por se arrastar parasitariamente à ascensão da redemocratização, primeiramente como vice de Tancredo Neves ainda nas eleições indiretas, depois como vice de FHC. Desde então, vê sua influência em queda. A aliança de FHC com o DEM poderia ser naquele momento eleitoralmente necessária (sobretudo no Nordeste, aonde vigorava o coronelismo do PFL), e até pela governabilidade, para conquistar maioria legislativa. Havia ainda o casamento ideológico dentro do projeto da "terceira via" em que patinava o neoliberalismo de FHC, seguindo os passos de Tony Blair e Mitterand.
O Brasil não precisou esperar, como a UE e os EUA, a crise de 2008 para acordar para a tragédia dessas políticas neoliberais. A resposta já veio em 2002, com a eleição do Lula. Momento que pela primeira vez o então PFL se desalojou do poder.
Com os recorrentes casos de corrupção envolvendo o DEM, sobretudo, o recente Mensalão do DEM, frente à decadência eleitoral progressiva do DEM, que de "idiota útil" passou a ser "fardo eleitoral", não agregando nada eleitoralmente, politicamente e muito menos ideologicamente. Para Serra, que quer se afastar da impopular e fracassada era do neoliberalismo tucano e retomar o desenvolvimentismo, o DEM não é apenas um peso, é um inimigo. A única coisa que precisa deles é o tempo de TV.
O DEM, acostumado a ter alguma relevância, recebeu com um baque o desprezo recebido. O cúmulo da total falta de mínimo respeito se deu quando até o Roberto Jefferson foi avisado de quem era o vice do PSDB, cabendo aos demos descubrir isso via Twitter, acompanhado de um comentário do homem-mensalão: "O DEM é uma merda".
Os "colonistas" pró-Serra saíram desesperados para apagar o fogo, mas o presidente do DEM continuou insistindo que seu partido tinha alguma dignidade, relevância e contribuição a dar. Não só o partido não foi notificado, como ainda foi preterido por um nome de uma irrelevância brutal, aumentando ainda a humilhação, cuja única qualidade declarada é a de "não atrapalhar". Então, qualquer um do DEM atrapalharia? O partido chegou à ridícula condição de oferecer todo o partido para que os tucanos escolhecem qualquer um, já estavam abaixo da humildade, não tinham sequer o direito a sugerir um nome!
É claro que o DEM não terá coragem de romper com o Serra, o DEM é um partido fisiológico, clientelista, patrimonialista, oportunista e sem nenhum princípio que não seja o do próprio interessse. E sabe que é um mero parasita político, sabe que seus quadros valem menos que uma nota de R$ 1. Não tem nada oferecer, nem mesmo o voto nordestino; pelo contrário, o DEM hoje significa perda de votos no nordeste.
O DEM recuar depois de tudo isso? Para um partido como o DEM não tem o menor problema. Mas o caso é a nova coligação PSDB-PV-PPS, todos oriundos da esquerda. Eles não querem mais esse peso morto. Talvez seja essa razão, a de saber que não é mais bem-vindo na coligação, que o faz tomar coragem de ameaçar um rompimento. Mesmo que seja apenas um blefe... Serra acatará a ameaça? A mídia pró-Serra quer que sim, mas Serra já viu que essa mídia também pouco agrega, pouca força tem eleitoralmente. Ele prefirirá preservar a coligação do que chama "nova esquerda". Acredito que seja difícil fundar uma nova esquerda com a participação do maior partido de direita do País.
Johan
Fortaleza-CE
O outrora todo poderoso ex-PFL, conhecido "partido dos coronéis" no Nordeste, originário do ARENA, partido de sustentação da ditadura militar, foi tratorado pelos tucanos. Um dos partidos de maior peso eleitoral anteriormente, vem minguando desde a redemocratização. Não podia ser outra, um partido nutrido sob as barbas da censura não conseguiria sobreviver ao ar livre da democracia.
O ex-Arena, ex-PFL e agora DEM conseguira ainda algum êxito de sobrevivência por se arrastar parasitariamente à ascensão da redemocratização, primeiramente como vice de Tancredo Neves ainda nas eleições indiretas, depois como vice de FHC. Desde então, vê sua influência em queda. A aliança de FHC com o DEM poderia ser naquele momento eleitoralmente necessária (sobretudo no Nordeste, aonde vigorava o coronelismo do PFL), e até pela governabilidade, para conquistar maioria legislativa. Havia ainda o casamento ideológico dentro do projeto da "terceira via" em que patinava o neoliberalismo de FHC, seguindo os passos de Tony Blair e Mitterand.
O Brasil não precisou esperar, como a UE e os EUA, a crise de 2008 para acordar para a tragédia dessas políticas neoliberais. A resposta já veio em 2002, com a eleição do Lula. Momento que pela primeira vez o então PFL se desalojou do poder.
Com os recorrentes casos de corrupção envolvendo o DEM, sobretudo, o recente Mensalão do DEM, frente à decadência eleitoral progressiva do DEM, que de "idiota útil" passou a ser "fardo eleitoral", não agregando nada eleitoralmente, politicamente e muito menos ideologicamente. Para Serra, que quer se afastar da impopular e fracassada era do neoliberalismo tucano e retomar o desenvolvimentismo, o DEM não é apenas um peso, é um inimigo. A única coisa que precisa deles é o tempo de TV.
O DEM, acostumado a ter alguma relevância, recebeu com um baque o desprezo recebido. O cúmulo da total falta de mínimo respeito se deu quando até o Roberto Jefferson foi avisado de quem era o vice do PSDB, cabendo aos demos descubrir isso via Twitter, acompanhado de um comentário do homem-mensalão: "O DEM é uma merda".
Os "colonistas" pró-Serra saíram desesperados para apagar o fogo, mas o presidente do DEM continuou insistindo que seu partido tinha alguma dignidade, relevância e contribuição a dar. Não só o partido não foi notificado, como ainda foi preterido por um nome de uma irrelevância brutal, aumentando ainda a humilhação, cuja única qualidade declarada é a de "não atrapalhar". Então, qualquer um do DEM atrapalharia? O partido chegou à ridícula condição de oferecer todo o partido para que os tucanos escolhecem qualquer um, já estavam abaixo da humildade, não tinham sequer o direito a sugerir um nome!
É claro que o DEM não terá coragem de romper com o Serra, o DEM é um partido fisiológico, clientelista, patrimonialista, oportunista e sem nenhum princípio que não seja o do próprio interessse. E sabe que é um mero parasita político, sabe que seus quadros valem menos que uma nota de R$ 1. Não tem nada oferecer, nem mesmo o voto nordestino; pelo contrário, o DEM hoje significa perda de votos no nordeste.
O DEM recuar depois de tudo isso? Para um partido como o DEM não tem o menor problema. Mas o caso é a nova coligação PSDB-PV-PPS, todos oriundos da esquerda. Eles não querem mais esse peso morto. Talvez seja essa razão, a de saber que não é mais bem-vindo na coligação, que o faz tomar coragem de ameaçar um rompimento. Mesmo que seja apenas um blefe... Serra acatará a ameaça? A mídia pró-Serra quer que sim, mas Serra já viu que essa mídia também pouco agrega, pouca força tem eleitoralmente. Ele prefirirá preservar a coligação do que chama "nova esquerda". Acredito que seja difícil fundar uma nova esquerda com a participação do maior partido de direita do País.